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Dyego Coelho conclui período na Europa e retorna ao Brasil buscando oportunidades

Treinador concluiu período em Portugal e busca se consolidar como treinador profissional

Coelho quer voltar a trabalhar

Dyego Coelho quer voltar a trabalhar. O ex-jogador, e hoje treinador, concluiu um período trabalhando no Portimonense, de Portugal, e retornou ao Brasil em busca de novas oportunidades como comandante técnico profissional.

Em entrevista exclusiva à Itatiaia, Coelho explicou que retornou ao Brasil para matar as saudades da família, que mora em São Paulo. Passados seis meses, o treinador orientou seu estafe a procurar novas oportunidades de trabalho, independente de divisão ou país, para dar prosseguimento à carreira.

“A minha volta veio de um agravante sério que é a situação das minhas filhas, muito tempo longe. Quis voltar para ficar perto delas. Quando volto em outubro, em janeiro elas já ficam irritadas e não querem o pai dentro de casa. Agora, comecei depois do carnaval a procurar, junto com meu estafe, coisas que valem a pena. Base eu não quero mais, agora é pegar um time profissional, com calendário bom, independente da divisão. Quero um trabalho para ajudar o clube e dar continuidade na minha carreira”, abriu o treinador.

Coelho teve a oportunidade de assumir o elenco profissional do Portimonense após um período muito positivo junto à equipe Sub-23. O principal impasse se deu pela obtenção da “Licença UEFA”, que autoriza treinadores a trabalharem profissionalmente na Europa. Por ser brasileiro, não conseguiu sequer se inscrever no curso”.

“Eu quero é trabalhar, estar ativo. Tudo que for ligado a profissional, não importa o país. A experiência foi boa demais, tive problemas com a licença, por três anos busquei para me inscrever, mas o brasileiro não consegue, fecham a porta. Os treinadores são unidos e não deixam ninguém entrar, muito complicado fazer estudo lá. Teve uma situação para assumir o profissional do Portimonense, mas não consegui por não ter a licença UEFA. A gente revelou muitos jogadores, fizemos a melhor campanha da liga. É muito difícil, um exemplo que precisamos ter, parar de ser bobos, unir os treinadores. Qualquer ‘zé mané' pode entrar aqui e tirar espaço do brasileiro. Uma das coisas mais difíceis que já vi na vida é esse fechamento deles”, avaliou.

Em sua curta carreira como treinador, Coelho comandou os times Sub-20 e profissional do Corinthians entre 2018 e 2020. Antes de rumar à Europa, ele ainda trabalhou no Metropolitano, de Santa Catarina, e na Internacional de Limeira, de São Paulo.

Sua principal característica de jogo se dá pela intensidade implementada. O tempo de estudo na Europa, inclusive, o fez ganhar ainda mais convicção na proposta de jogo ofensiva e bastante agressiva sem a posse da bola.

“Eu aprendi na carreira e tinha dificuldade de fazer, não gostava de treinos intensos. Se joga muito, mas os treinos eram longos e morosos. Hoje treinamos em 50 minutos, com uma intensidade fora do comum, tendo sincronismo com parte física e fisiologia. Em Portugal, é intenso, mas a minha maneira de treinar é mais. Tive ajuda de um preparador físico e a gente colocou uma intensidade muito forte que eles não estavam acostumados. Conseguimos fazer trabalhos puxados, raramente em dois períodos. Marcar pressão independente do time, desconforto ao portador da bola, intensidade louca. Isso me fez aprimorar o que eu já sabia, em qualquer lado do campo não abrimos mão da intensidade”

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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Responsável por acompanhar o dia a dia de Corinthians e Santos pela Itatiaia Esporte. Passagem também como repórter do portal Meu Timão