O San Lorenzo emitiu um comunicado nesta quarta-feira (21) e repudiou o tratamento que sua torcida recebeu em Belo Horizonte e na Arena MRV durante a partida contra o Atlético, nessa terça (29), na partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores.
Ao longo do segundo tempo, a
Em nota, o San Lorenzo repudiou com veemência a postura da Polícia Militar e afirmou que seus torcedores reagiram a ofensas e a objetos atirados no setor de visitantes.
“San Lorenzo repudia energicamente todos os fatos ocorridos em Belo Horizonte, desde a injustificada e selvagem agressão da polícia brasileira a nossos torcedores. (...) Os torcedores azul e grená se ajustaram a todas as recomendações de segurança para chegar ao estádio. Apesar disso, tiveram que suportar uma importante demora no ingresso ao estádio como também mensagens ofensivas no caminho e objetos com figuras violentas”, relatou o clube.
“Durante o jogo, houve ofensas e provocações do público local, que exibiu bandeiras e jogou objetos em nossos torcedores. Isso culminou com um feroz ataque policial ao público do San Lorenzo, com disparos de balas de borracha e gás lacrimogêneo, uma repressão que provocou mais de dez feridos”, acrescentou.
Em outro ponto, o clube argentino informou que contou com a ajuda do Consulado da Argentina em Belo Horizonte para liberar quatro torcedores detidos pela Polícia Militar.
Por conta dos episódios, o San Lorenzo agregou que fará uma representação à Conmebol para cobrar punições.
O clube lamentou ainda que torcedores argentinos novamente foram mal recebidos no Brasil.
“San Lorenzo realizará uma representação à Conmebol com todas as provas questionando fortemente o dispositivo de segurança implementado e repudiando a violência sistemática que sofrem os times argentinos no momento de disputar seus compromissos no Brasil”.
Leia o comunicado oficial do San Lorenzo
San Lorenzo repudia energicamente todos os fatos ocorridos em Belo Horizonte, desde a injustificada e selvagem agressão da polícia brasileira a nossos torcedores até uma série de acontecimentos que atentam contra a esportividade e a boa relação entre os clubes, indispensáveis para alcançar a paz no futebol.
As situações negativas que ocorreram foram muitas. Os torcedores azul e grená se ajustaram a todas as recomendações de segurança para chegar ao estádio. Apesar disso, tiveram que suportar uma importante demora no ingresso ao estádio como também mensagens ofensivas no caminho e objetos com figuras violentas. O mesmo aconteceu com a delegação oficial, que foi retida por um longo tempo diante da má recepção do clube local.
Durante o jogo, houve ofensas e provocações do público local, que exibiu bandeiras e jogou objetos em nossos torcedores. Isso culminou com um feroz ataque policial ao público do San Lorenzo, com disparos de balas de borracha e gás lacrimogêneo, uma repressão que provocou mais de dez feridos.
Quando começou o ataque policial, apesar do pedido dos nossos jogadores, o árbitro (de questionável desempenho), só paralisou o jogo quando caiu ao gramado um jogador do Atlético Mineiro.
Mais tarde, no momento em que nosso time buscava o empate, os mandantes abriram uma saída inflável do campo para frear a partida.
A saída dos nossos torcedores também sofreu uma retenção de mais de duas horas. Aí, a polícia requisitou microônibus violentamente e deteve quatro pessoas.
O clube acompanhou parcialmente a cada um desses momentos, se colocou à disposição dos feridos e resolveu que os dirigentes Martín Cigna e Leandro Goroyesky ficariam em Belo Horizonte até resolver a situação dos quatro detidos.
Por fim, graças à colaboração do Consulado Argentino em Belo Horizonte e ao cônsul Santiago Muñoz Martínez, os quatro torcedores foram liberados e vão regressar à Argentina nas próximas horas.
San Lorenzo realizará uma representação à Conmebol com todas as provas questionando fortemente o dispositivo de segurança implementado e repudiando a violência sistemática que sofrem os times argentinos no momento de disputar seus compromissos no Brasil.
Por último, o San Lorenzo agradece aos torcedores que, com esforço e incondicionalmente, acompanham a equipe.
O saldo, mais além do resultado, é inaceitável para todos porque a violência e a repressão tiraram o protagonismo do espetáculo.