O Al-Ahly, do Egito, venceu nesta terça-feira (29) o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, por 3 a 0, no Cairo, capital egípcia. O resultado classificou a equipe africana para a semifinal da
O campeão da África aguarda agora o vencedor de Pachuca, do México, e do campeão da Libertadores de 2024. As próximas fases da competição serão realizadas em Doha, no Catar, entre 11 e 18 de dezembro. Os estádios que receberão os jogos ainda serão anunciados.
Atlético ou Botafogo podem estar no Intercontinental, se ganharem a Libertadores. Os dois times jogam as partidas de volta da semifinal nesta semana, ambos fora de casa, mas após abrirem boa vantagem como anfitriões.
O Galo visita nesta terça-feira (29) o River Plate, em Buenos Aires, às 21h30 (de Brasília), e pode perder por dois gols de diferença que avança à final.
Já o Glorioso joga nesta quarta-feira (30), também às 21h30 (de Brasília), em Montevidéu, o Peñarol, em situação ainda mais cômoda. Pode perder por até quatro gols de diferença que estará na decisão. O jogo final está marcado para 30 de novembro, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.
Jogos do Intercontinental
O vencedor da Libertadores enfrenta o Pachuca em 11 de dezembro, em Doha. Inicialmente, o plano era que os ganhadores dos torneios da Concacaf (Confederação das Américas do Norte e Central) e da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) se enfrentassem um ano na casa de cada time, alternando, mas pelo menos para essa primeira edição isso não acontecerá por causa da logística.
A Itatiaia apurou que a direção da Conmebol solicitou à Fifa que o jogo ocorresse já na sede da semifinal e da final, a Concacaf concordou e a federação internacional acatou o pedido. A Libertadores só terminará em 30 de novembro. Se for um brasileiro, ele só poderá viajar para o Intercontinental em 9 de dezembro, porque o Brasileirão acaba em 8 de dezembro.
Ficaria inviável, portanto, ir para o México, e depois voar até o Catar, caso derrotasse o Pachuca, para jogar a semifinal em 14 de dezembro, contra rival que virá da Ásia, África ou Oceania, a depender de outros resultados. Ficou mais fácil, portanto, que tudo já ocorresse no Catar.
Veja o calendário do Intercontinental:
- Al Ain (Emirados Árabes) 6 x 2 Auckland City (Nova Zelândia) - 22 de setembro - Al Ain, Emirados Árabes Unidos
- Al-Ahly (Egito) 3 x 0 Al Ain - 29 de outubro - Cairo, Egito
- Campeão da Libertadores x Pachuca (México) - 11 de dezembro - Doha, Catar
- Al-Ahly x Campeão da Libertadores/Pachuca - 14 de dezembro - Doha, Catar
- Real Madrid (Espanha) x Al Ahly/Campeão da Libertadores/Pachuca - 18 de dezembro - Doha/Catar
O Intercontinental terá seis participantes e os europeus estarão direto na final. Por quê? Foi a maneira encontrada pela direção da Fifa de convencê-los a manter uma disputa anual de clubes.
Anualmente, o campeão da Libertadores cruzará com o vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf (Confederação das Américas do Norte Central), sempre em dezembro. Asiáticos, africanos e o melhor time da Oceania se enfrentarão em mata-mata para definir quem pega o ganhador de Conmebol x Concacaf em uma semifinal única.
A semi e a final contra o campeão da Liga dos Campeões da Europa será sempre em campo neutro, em 2024 em Doha, no Catar.
A decisão do Intercontinental será em 18 de dezembro, com o Real Madrid já classificado, e que vai comemorar os dois anos da final da Copa do Mundo do Catar, vencida pela Argentina.
O “mini Mundial”
O novo Mundial de Clubes anual foi batizado de Copa Intercontinental. Reunirá anualmente os seis campeões continentais, inclusive nos anos em que ocorrer o Super Mundial de Clubes, que será quadrienal e terá 32 participantes, com a primeira edição em 2025, nos Estados Unidos.
Mas por que a Fifa batizou esse “mini Mundial” de Copa Intercontinental? Por questões comerciais.
O Mundial de Clubes da Fifa, com esse nome, será o turbinado, com 32 times que se jogará a cada quatro anos. Começa em 2025, e continua em 2029, 2033, sempre no ano anterior à Copa do Mundo de seleções. A Fifa venderá os pacotes comerciais e de direitos de transmissão do Mundial quadrienal usando essa nomenclatura e a expectativa é que para 2025 a receita seja de 2 bilhões de euros (R$ 10,7 bilhões).
Mas para não criar um hiato no confronto internacional entre clubes, a Fifa decidiu por esse “mini Mundial”, com seis participantes. Só que não poderia chamá-lo de Mundial de Clubes, já que é uma competição distinta daquela com 32 times.
Isso traria problemas na hora de vender cotas a patrocinadores e empresas de comunicação, já que os valores praticados serão bem diferentes. Por isso, os interessados em serem parceiros da Fifa comprarão o Super Mundial e a Intercontinental. Podem até fazer um pacote, mas serão dois produtos diferentes.
Copa Intercontinental é o mesmo nome do confronto entre os campeões europeu e sul-americano, que durou de 1960 a 2004, primeiro em jogos de ida e volta nos dois continentes, e a partir de 1980 com confronto único no Japão, patrocinado por uma montadora de carros e pela Federação Japonesa. Em 2017, a Fifa, após pedido da Conmebol, reconheceu todos os vencedores deste Intercontinental como campeões mundiais.