Campeão da Libertadores e do Brasileirão em 2024, o Botafogo iniciou 2025 com resultados frustrantes na Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca. O pensamento do elenco, agora, é defender os títulos nos principais torneios da temporada. Alex Telles, um dos líderes do Alvinegro, vê a pressão como um privilégio para o grupo de jogadores.
Na visão do lateral-esquerdo, este é o entendimento do elenco e também do técnico Renato Paiva, que fez uma “provocação” aos jogadores em seu primeiro contato com o elenco.
“Essa pressão é na verdade um privilégio para a gente que conquistou esses títulos. Fizemos por merecer. O Renato nos disse no primeiro dia que chegou aqui, perguntou se tínhamos comprado ou se alguém tinha nos dado de presente os títulos, e falamos que não, foi com muita conquista, muito trabalho no dia a dia. Temos que fazer o mesmo para conquistar, essa pressão tem que ser algo bom, porque mostra o quão boa é a nossa equipe. Temos que subir a montanha de novo e, com certeza, buscar os troféus novamente”, afirmou Alex Telles.
Renato Paiva assumiu o time em 28 de fevereiro e, desde então, está trabalhando no Espaço Lonier. O treinador promete um Botafogo ofensivo, mas sem “mudanças radicais” em relação a 2024. O português fez elogios à equipe campeã, montada por Artur Jorge, e afirmou que fará ajustes pontuais para implementar o jogo posicional.
Sem atuar desde 27 de fevereiro, o Botafogo está preparando-se para as estreias no Campeonato Brasileiro e na Libertadores. Pela Série A, o Alvinegro visita o Palmeiras, no dia 30 de março, no Allianz Parque, em São Paulo. Pelo Grupo A da Copa, a primeira rodada será contra a Universidad do Chile, em 2 de abril, em Santiago.
Confira, abaixo, outras respostas de Alex Telles, lateral-esquerdo do Botafogo:
Avaliação do Grupo A da Libertadores
“Eu vejo o nosso grupo como um grupo mesmo de Libertadores, com equipes difíceis, tradicionais na competição. O Carabobo é uma equipe nova e tem seus méritos por estar na competição, é uma viagem longa, então também tem sua dificuldade. Na Libertadores não tem jogo fácil, temos que fazer nosso trabalho dentro de casa e conseguir resultados bons fora para poder classificar.”
Ausência na lista de convocados da Seleção Brasileira
“Sou um cara que gosta de frisar as coisas que eu posso controlar. O que eu posso controlar é o meu trabalho dia a dia. Sou um cara muito tranquilo em relação a isso, já estive lá, já participei de uma Copa do Mundo e meu objetivo é mais uma vez participar de uma Copa do Mundo. Sei que eu voltaria se eu estivesse fazendo o meu trabalho bem feito, e vou fazer o meu trabalho bem feito a cada dia. Convocação é uma consequência e tenho certeza que não só eu, como meus companheiros querem muito essa vaga. Temos que fazer para merecer aqui no Botafogo e agora o foco é no Brasileiro.”
Início frustrante de 2025
“Começar o ano da forma como foi não é positivo para ninguém, nem para o clube, nem para nós atletas. Já falei em outras oportunidades que a responsabilidade dentro de campo a gente assume, porque damos a cara ali, jogamos e não fizemos o trabalho no nível que estávamos fazendo. Obviamente que as outras equipes vêm e querem ganhar do Botafogo porque é o atual campeão. Depois dessa parte ruim, vem a parte positiva, que é o tempo que a gente tem para trabalhar. Perdemos praticamente três títulos, as duas taças e o Carioca, mas temos títulos importantes pela frente e é o que a gente vai buscar, como a gente fez ano passado.”
Novos conceitos com Renato Paiva
“Ele vem com ideias novas, mas sempre mantendo uma base da característica do nosso time. Tivemos praticamente 12 ou 13 sessões de treino. Acreditamos que temos muita margem para crescimento, mas a equipe já está com uma outra postura, com outra imagem. Não há muita diferença, cada treinador tem sua característica, acho que são mínimos detalhes que fazem a diferença, mas praticamente a base é a mesma, as características dos atletas também são as mesmas. Chegaram jogadores para agregar também com as suas qualidades. Tenho certeza que na estreia do Brasileiro vamos estar muito preparados.”
Semanas dedicadas aos treinos
“Vamos nos adaptar de acordo com os treinamentos, precisa de um determinado tempo, mas nossa equipe é muito inteligente, muito acessível e com uma margem de aprendizado muito grande. Todos aqui têm uma unidade para poder aprender, e nas primeiras semanas ele nos disse que ia ter bastante vídeo, tivemos praticamente três ou quatro dias de vídeo direto, um dia da parte defensiva, um dia da parte ofensiva… São muitas coisas novas que não fazíamos no passado, que ele agregou na equipe, com a mesma base que a vínhamos fazendo. A cada dia, a cada treino, vamos chegando no nosso nível, que nós exigimos.”