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A completa reestruturação que explica o sucesso do Botafogo dentro de campo

Desde o início da SAF, em 2022, o clube carioca passou por uma revolução administrativa, diminuiu dívidas e aumentou receitas

Em outubro de 2021, o Botafogo arrancava na reta final da Série B para garantir o retorno à elite do futebol nacional. Três anos depois, o time carioca está classificado para a final da Libertadores e lidera a Série A do Brasileiro com um dos elencos mais qualificados do país. O sucesso dentro de campo passa pela revolução administrativa e financeira pela qual passou o clube.

Desde 2022, a SAF do Botafogo faz parte da Eagle Holding, a rede multiclubes montada pelo empresário norte-americano John Textor, junto com o Lyon-FRA e Crystal Palace-ING, entre outros. A reestruturação atingiu todos setores e áreas do Glorioso, e o resultado é visto dentro de campo.

Por mais que John Textor tenha voz ativa e participe do processo decisório, o dia a dia da SAF do Botafogo é tocado de maneira profissional. O quadro de funcionários do clube foi remodelado.

Há uma ideia de jogo bem estabelecida - o que foi determinante nas escolhas dos treinadores portugueses, Luís Castro, Bruno Lage e Artur Jorge - e permeiam as demais decisões do futebol.

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O departamento de Scout, que trabalha de maneira integrada a outros clubes da Eagle Holding, com troca de informações e experiências, é um dos mais prestigiados dentro da SAF alvinegra.

Estrutura de primeiro nível

Em janeiro de 2022, o Botafogo deixou de treinar nos campos anexos do Estádio Nilton Santos e iniciou as atividades no CT Lonier, em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

De lá para cá, a SAF investiu alto para melhorar a estrutura à disposição do departamento, das salas de reuniões aos campos. É o caso do Núcleo de Saúde e Performance, inaugurado em julho.

Menos dívidas e mais receitas

Em relatório divulgado no dia 29 de outubro, a Eagle Football informou que a dívida do clube social do Botafogo foi reduzida de 184 milhões de dólares registrados em 2021 para menos de 70 milhões de dólares no quarto trimestre de 2024. Levando em conta o câmbio atual da moeda, a redução foi próxima aos R$ 660 milhões.

Por outro lado, as receitas dispararam desde o início da gestão do grupo de John Textor: saiu de 21 milhões de dólares em 2021 para 79 milhões de dólares em 2023. Para 2024, a projeção é de superar os 100 milhões de dólares (cerca de R$ 579 milhões segundo a cotação atual) sem contar uma possível premiação pelo título da Libertadores.

Outros pontos destacados pelo relatório foram o crescimento do programa “Camisa 7", que bateu recorde com mais de 75 mil sócios-torcedores atualmente, e o valor do elenco, avaliado em 220 milhões de dólares, cerca de R$ 1,2 bilhão, em 2024, uma valor quase 10 vezes maior do que no início de 2022, quando a gestão da SAF foi iniciada.

Investimento mais alto da história

Apesar do crescimento de receitas e profissionalização da gestão, o Botafogo ainda tem uma operação deficitária, como registrado no balanço financeiro de 2023 divulgado pelo clube.

Desta forma, John Textor segue investindo alto na SAF do Glorioso. Em 2024, foi o maior valor investido na formação do elenco na história do clube, acima dos R$ 300 milhões. Saiba mais aqui.

Depois da reta final frustrante de 2023, o Botafogo reformulou o elenco ao longo da temporada para chegar na reta final de 2024 com chance de dois títulos: a Libertadores e o Brasileirão.


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Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.
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