O português Luís Castro é o principal alvo do Al Nassr, da Arábia Saudita, para a próxima temporada. Em entrevista à ‘Rádio Globo’, nesta terça (20), o treinador afirmou estar focado nos próximos jogos, contra Cuiabá e Palmeiras, não garantiu a permanência, deixando o futuro com o seu empresário.
"É natural que todos aqueles que desenvolvam seu trabalho bem sejam solicitados no mercado de trabalho. Não está ligado só aos resultados, mas também aquele que é o trabalho, está ligado ao trabalho que é desenvolvido no dia a dia nos treinos de forma rigorosa, determinada, disciplinada, comissão passando valores, querendo que nossas equipes ganhem sempre. Talvez, por isso, pelo meu trajeto, haja aqui e ali interesse no meu trabalho”, afirmou Luís Castro, antes de emendar sobre o tema.
“Sobre a questão em concreto do que se fala, não quero falar sobre o tema, até porque temos jogo depois de amanhã (quinta), depois temos jogo contra o Palmeiras. Uma coisa eu sei é que meu agente foi sempre a pessoa que tratou do meu futuro enquanto treinador e eu nem me preocupo com o tema. Não me preocupo nem um pouco com o tema, trabalho dia a dia com a cabeça limpa e é isso que eu vou continuar a fazer”, completou o português, que está no Botafogo desde abril de 2022.
Imprensa árabe noticia acerto com o Al Nassr
Na manhã desta quarta (21), a imprensa árabe noticiou o acerto de Luís Castro com o Al Nassr, clube que tem Cristiano Ronaldo como principal estrela. A oferta do time ao treinador foi noticiada ao longo da última semana, e a proposta feita ao português seria de um salário quatro vezes maior ao atual.
Desde que a notícia veio a público, a diretoria do Botafogo - e até os jogadores - tem reforçado o desejo de seguir com Luís Castro. O empresário americano John Textor, proprietário da SAF alvinegra - foi quem escolheu o português para comandar o time na última temporada e o tem como grande parceiro no projeto, desejando prorrogar seu vínculo, que, atualmente, é válido até março de 2024.
Castro admite que nem sempre cumpre contrato
Ainda à Rádio Globo, Luís Castro admitiu que, em sua carreira, nem sempre cumpriu os contratos com os clubes - algo que vinha sendo citado como um fator para a permanência no Botafogo. O português explicou, relembrando a carreira, dos casos em que rompeu seus vínculos, ressaltando que não saiu “mal” em nenhuma oportunidade. “Nem sempre encerrei meus contratos, a verdade tem que ser dita”
“Quando estava no Chaves, tinha dois anos de contrato e o interrompi ao meio porque o Vitória de Guimarães pagou a cláusula de rescisão, mas saí bem. Foi uma negociação entre clubes e o presidente do Chaves entendeu que eu deveria seguir meu caminho para um clube de projeção.”
“Cheguei no Vitória de Guimarães, atingimos o objetivo, nos classificamos para a Liga Europa e entre o segundo e o terceiro ano o Shakhtar solicitou meu trabalho e o Vitória entendeu que por tudo eu tinha feito eu deveria ir para um clube de Champions League, e eu saí", seguiu o comandante de 61 anos.
“Depois no Shakhtar cumpri os dois anos de contrato e aí apareceu o Al-Duhail e queria experimentar o Oriente Médio, e fui para o Al-Duhail. Aí no meio do contrato o Botafogo interessou-se para o meu trabalho e chegou a um acordo com o Al-Duhail e eu não fiquei até a Champions. Meu presidente naquela altura me disse que não queria deixar eu sair até o fim da Copa do Emir, que se ganhássemos a Copa do Emir poderia chegar a um acordo”, disse, antes de finalizar sobre o acerto com o Botafogo.
“O Botafogo negociou a saída e eu acabei por sair. Nunca saí em ruptura com os clubes, saí sempre com acordo entre os clubes, mas saí três vezes no meio do contrato”, explicou, caso a caso, Castro.