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Botafogo terá folga de quatro dias após vitória sobre o Fortaleza

Técnico Luís Castro anuncia decisão e ressalta importância de recuperar parte física e mental

Botafogo lidera o Campeonato Brasileiro

Após a vitória por 2 a 0 sobre o Fortaleza, neste sábado (10) no Rio de Janeiro, e a manutenção da liderança do Campeonato Brasileiro, o elenco do Botafogo terá quatro dias de folga. O técnico Luís Castro falou sobre a medida após a partida no Estádio Nilton Santos.

“Vamos ter um tempo de férias de quatro dias, vamos descansar a mente e o corpo em termos físicos. Eles levam para casa o trabalho que deve ser feito para regressarem frescos ao trabalho”, respondeu o técnico, que irá para o seu país natal.

“Eu vou para Portugal depois de meses. É bom para todos, porque passamos noites dentro de aviões, tivemos que jantar às 3h da manhã depois de jogos que acabam 23h… Teve o jogo em Quito, que foi uma coisa incrível”, afirmou o treinador.

Com 24 pontos, o Alvinegro é o líder do Brasileirão e volta a campo em 22 de junho, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal. O elenco volta a trabalhar na quinta-feira, data da reapresentação do grupo no CT.

Confira outras respostas de Luís Castro, técnico do Botafogo:

Sistema defensivo

“A arte de defender é uma arte como é uma arte atacar. Na arte de defender participam 11 jogadores. Não são um, dois ou três. É um processo muito complexo. Fomos ao longo do campeonato, como ao longo do estadual, perdendo muitas peças, mas todos aqueles que iam entrando, entravam dominando o momento defensivo.

Há princípios fundamentais do momento defensivo, que são primeiro ser equipe curta e estreita, compacta. A mesma velocidade com que eles atacam tem que ser a mesma velocidade com que defendem e acho que isso há coisa que no futebol é determinante. Antes de tudo temos que correr, correr, correr, depois temos que ter outros predicados do jogo. Minha equipe corre, corre, corre.”

Pausa na data Fifa

“Eu sempre disse que minha forma de treinar é jogando. Quanto mais jogos, melhor. Temos é que ter elenco que faça face a esse número de jogos, quanto mais intenso são os jogos, maior número de jogadores temos que ter no elenco. Quando montamos elenco com 30, 32 jogadores, quando jogam 11, há 21 que não vão ao jogo.

Quando não vão, a dimensão mais importante do jogador, que é a parte mental, fica um pouco afetada. Quanto mais jogos, mais rotatividade dos jogadores há, os jogadores são mais vezes utilizados, o grupo fica todo ele mais pronto de forma homogênea e não há tanta diferença entre um e outro. Sai compensado em treino quando alguns deles não jogam.”

Gramado do Nilton Santos

‘Uma das coisas no futebol brasileiro é o estado dos gramados, acho que a CBF tem mesmo que verificar esse assunto. O Brasil tem os melhores jogadores do mundo, o Brasil produz grandes treinadores para o mundo e para o próprio país. O Brasil é futebol e é samba. E tem que cuidar daquilo que é mais bonito no Brasil.

Então vamos apresentar isso como? O Nilton Santos tinha gramado horrível. Não dava paz a nenhum jogador. Se entrasse em momento de desconfiança nunca mais tinha paz. Porque uma bola vir aos saltos e vir direita, quem jogou futebol sabe que é muito diferente. Um bom jogador num mau gramado não produz a mesma coisa. Um mau jogador em qualquer gramado vai sempre produzir nada. Um grande problema se instalou no futebol brasileiro com os gramados.

Então, portanto, ou se resolve para aumentar a qualidade do futebol ou sempre vai haver esse problema. Agora, está nas mãos de quem quer ver o futebol brasileiro e levá-lo para o mundo. Muita gente quer ver o futebol brasileiro. E as críticas são essas, são as que recebo: “que gramado era aquele?” Toda gente sabe qual é o problema, mas ninguém resolve.

As duas opções que tínhamos era: colocar gramado natural bom ou colocar artificial. Não tivemos hipótese de colocar um gramado natural bom, que é aquilo que defendo, então é melhor artificial bom do que um mau gramado. Tem sido muito melhores os espetáculos aqui em comparação ao ano passado. Para nós e para o nosso adversário.”

Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.