O técnico Rogério Ceni, do Bahia, deixou um recado enigmático nesse domingo (15). Após a vitória sobre o Atlético, pela Série A do Campeonato Brasileiro, o comandante tricolor abordou rapidamente o tema “fair play financeiro”, que tem sido discutido por clubes que disputam a principal competição nacional.
“Tem time que fala de fair play financeiro e enfia R$ 300 milhões... e cacete no fair play financeiro”, disse o treinador, em entrevista coletiva.
Recentemente, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, fez críticas ao Botafogo. Após uma derrota para o rival carioca, o cartola disse: “bem-vindo aos tempos de SAF sem fair play financeiro”.
“Vamos começar com a definição de fair play financeiro, parece ser algo óbvio, todos querem fair play. Não é o que a expressão significa na Europa, se você for ao meu site verá que falo sobre isso. O termo fair play financeiro é uma fraude, porque não é justo o suficiente. Fala que os times só podem gastar 75% das receitas com salários de jogadores”, afirmou.
O que é fair play financeiro?
O fair play financeiro é um conjunto de regras estabelecidas para evitar que clubes de futebol profissional gastem mais do que arrecadam. A medida visa tornar as equipes sustentáveis a longo prazo.
No começo de setembro, a Comissão Nacional de Clubes iniciou um debate sobre a implementação do modelo no futebol brasileiro. Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras participaram do encontro.
Quanto gastou o Bahia?
Em 2024, o Bahia investiu especialmente em três jogadores ao longo das janelas de transferências. Os volantes Caio Alexandre e Jean Lucas custaram, respectivamente, R$ 24,2 milhões e R$ 24,3 milhões aos cofres do Grupo City, dono da SAF tricolor.
Já o atacante Luciano Rodríguez fez o Esquadrão desembolsar a quantia de R$ 65,3 milhões. Somados, os valores chegam ao total de R$ 113,8 milhões.