O que olhos não veem, o coração sente. Na vitória do Atlético, de virada, sobre o Athletico-PR, um torcedor, que se juntou a quase outros 40 mil, provou esta máxima. Com apenas 5% da visão e também deficiente auditivo, Daniel Batista Santos Pereira, de 18 anos, foi pela primeira vez ao Mineirão para um jogo de Libertadores e viveu um dos dias mais incríveis de sua vida.
Acompanhado do pai, Daniel teve importante suporte para não perder nenhum lance do triunfo pela quarta rodada da fase de grupos, que deixou o Galo vivo na briga por uma vaga nas oitavas de final do torneio de clubes mais importante da América do Sul.
Gravando os principais momentos pelo celular, já que o filho não conseguia enxergar o campo, Anderson Ricardo abria a galeria e, numa espécie de minuto a minuto, ia atualizando Daniel, que pulsava e se arrepiava com a energia da torcida nas cadeiras do Gigante da Pampulha.
“Gostaria que ele tivesse uma experiência o mais próximo do real, por isso fiquei mostrando como são as coisas e tentando narrar tudo para ele”, conta Anderson à Itatiaia. Eles são radicados no bairro Tropical, em Contagem.
“O Atlético é o time do meu pai, que me ensinou a torcer. Meus dois filhos e esposa são apaixonados pelo Galo”, vai além.