A partida entre Atlético e Democrata-SL, nessa quarta-feira (8), foi um momento mais que especial para a família de Gilmar Amparo, de 33 anos. Morador de Sabará, na Grande BH, e atleticano “de berço”, ele pôde levar o filho Davi, de 8 anos, pela primeira vez ao jogo do time do coração.
“O futebol sempre foi minha paixão, e o Galo sempre esteve presente nela. No final de 2021, nós tivemos uma tragédia na nossa família, com a perda do nosso filho mais novo, vítima de um acidente. Desde então, a gente busca alegria nesses momentos, com o Galo. É um momento de escape para a gente”, contou Gilmar à Itatiaia.
Ele lembrou que toda a experiência foi uma surpresa. Davi costumava pedir ao pai para ir aos jogos, mas as condições financeiras não permitiam, e por isso, ele pediu ajuda a amigos no Twitter e garantiu dois ingressos para a partida válida pelo Campeonato Mineiro. A mãe sempre teve receio por conta da segurança, mas dessa vez, permitiu que Gilmar levasse o garoto ao campo.
Ele gravou um vídeo no momento em que Davi descobriu a novidade. Na porta do Independência, Gilmar pergunta ao filho o que iria acontecer no dia. “O jogo do Galo”, respondeu rapidamente. O pai ainda questionou se Davi acharia que ia entrar, e quando disse que sim, viu o garoto agradecer em meio às lágrimas.
“A sensação que eu tive foi a melhor de todas. Ela já começa desde o caminho para o Horto, a gente conversando sobre o Galo, sem ele saber que iria para o jogo. Desde a subida da rua, até comprar um refrigerante para ele, a ansiedade estava grande, mas segurei até achar o nosso portão. Quando contei e ele entrou, viu aquele campo, o tanto de gente, o time aquecendo, não tem preço. Para um pai, é muito gratificante participar das conquistas dos filhos. Para mim, vai ficar eternamente gravado na memoria esse momento com ele, depois de tudo que passamos, foi sensacional”, completou.
Gilmar conta ainda que, desde a perda do irmão, Davi se tornou mais sensível, e aumentou a gratidão pelas pequenas coisas. Ele teve uma conquista que foi o álbum de figurinhas da Copa do Mundo, e também se emocionou demais porque era algo que ele achava que não conseguiria ter. É uma das coisas que ensinamos: ser grato e humilde com o que tem”, disse.
Em campo, festa atleticana, com a
“Acho que o ingresso deveria ser mais acessível para as família, principalmente, igual para mim, que tenho esposa e ainda meu filho mais velho. Não é só o ingresso, mas tudo que ele engloba, bebidas, comidas, estacionamento. Eu não quero ir sozinho, quero ir com a família, e minha esposa, por exemplo, ainda não viu o Atlético jogar, apesar de serem todos atleticanos”, finalizou.