Se encerra nesta terça-feira (31) o segundo prazo estipulado pelo Atlético para a entrega de todo o primeiro lote do Manto da Massa III, que teve as vendas iniciadas em maio de 2022. Essa data limite, não cumprida pelo clube mais uma vez,
A insatisfação com o atraso reincidente na distribuição do modelo, criado depois de um concurso entre os próprios torcedores, faz com que alguns alvinegros demonstrem a insatisfação nas redes sociais e cogitem até entrar na Justiça contra o time do coração.
Luciane Soares, sócia do clube, conta que comprou três peças do Manto da Massa III logo no primeiro dia de vendas, mas ainda não recebeu. Ela questiona qual o critério adotado para a distribuição. Procurado pela reportagem, o Atlético disse que não é responsável pela logística. O clube também admitiu o problema, mas não quis passar uma nova previsão para entrega total.
“Hoje é 31 da janeiro. Os Mantos da Massa que eu comprei no meu Galo na Veia, para mim, minha filha e meu sobrinho, não chegaram até hoje. Meu pedido foi feito no dia 10 de maio. São praticamente 38 semanas de espera. Não quero acreditar que vamos ter que acionar a Justiça, o juizado de relações de consumo, contra o nosso time do coração”, diz Luciane.
Outro torcedor que comprou o Manto da Massa III logo no primeiro dia de vendas foi Sérgio Lucas, morador da cidade de Santa Cruz de Capibaribe, em Pernambuco. O atleticano diz que não tem vontade de comprar as camisas em futuras edições. Neste momento, ele não pensa em entrar na Justiça pelo amor que nutre pelo clube do coração, apesar da insatisfação com o serviço.
“Infelizmente, virou uma experiência terrível. É legal ver os outros usando, mas você queria estar também. Sinceramente, não é o valor. Para mim, é uma questão sentimental. Fica chato. Não sei se vou entrar na Justiça. Algumas pessoas já me falaram isso, mas não penso nisso agora. É como se eu entrasse na Justiça contra alguém da minha família”, disse.
“Hoje, eu não tenho vontade nenhuma de comprar outro Manto da Massa. A experiência para o consumidor atleticano tem sido muito ruim. O clube e a fornecedora têm uma visão comercial, mas têm que entender que tem uma questão sentimental nisso aí. Se fosse só econômica, se resolvia na Justiça. Para mim, não é só isso. É como se alguém da minha família estivesse me negando o sentimento. E isso é muito chato. É lamentável”, completou.
Por morar longe de Belo Horizonte e ter pouco acesso aos jogos do clube, ele vê como principal benefício por ser sócio Galo na Veia a prioridade na compra da camisa. Mesmo assim, se considera prejudicado por morar em Pernambuco e pensou até em mudar o endereço de entrega para a casa de amigos em Belo Horizonte.
Em boa parte dos momentos de maior felicidade da minha vida, o Atlético tem participação direta ou indireta.
“Eu sou sócio e não tenho grandes vantagens por ser, já que moro no interior de Pernambuco. Não tenho condição de comprar ingressos e consumir o Atlético como eu gostaria. Não é um problema só meu. É um problema de torcedores que moram no interior. O sócio é muito mais uma questão de pertencimento e estar próximo, além de ajudar. Mas o retorno é quase nenhum. A única situação em que eu posso ter algum retorno é na preferência de comprar o Manto da Massa logo e ter desconto”, disse.
O Atlético informou à reportagem que cerca de 113 mil das 120 mil das camisas vendidas no primeiro lote já foram entregues. O clube ainda não avalia nenhum tipo de recompensa aos torcedores que não receberam a camisa no prazo determinado e não definiu uma nova data limite.