Criado em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, o atacante Thiago Galhardo está na cidade com familiares para tratar da saúde mental após ser afastado, a pedido, do Fortaleza por sete dias.
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A Itataia apurou que o jogador está usando as dependências do Athletic para manter a forma física. O clube ofereceu apoio de infraestrutura e auxílio de profissionais e tem enviado os dados de treinamento para a comissão técnica do Fortaleza. Ele passou pelas categorias de base do Athletic quando garoto.
Procurado, o Athletic informou que se solidariza com o atleta e possui enorme carinho por Thiago Galhardo, mas não quis se manifestar oficialmente sobre a situação. O jogador se profissionalizou no Bangu, do Rio, e a única passagem por um time mineiro foi com o Boa Esporte, em 2014.
Galhardo nasceu no Rio, mas seu pai é mineiro e com cinco anos ele mudou com a família para São João del-Rei.
O afastamento
Na terça-feira (27), a direção do Fortaleza comunicou que estava liberando Thiago Galhardo de treinos e jogos por sete dias para tratar da saúde mental. Nas redes sociais, o jogador disse que está se sentindo “abalado”, “angustiado” e com “momentos de crise de pânico”.
Galhardo era um dos membros da delegação do Fortaleza que estava no ônibus atacado por torcedores do Sport na quinta-feira passada, quando o grupo se deslocava da Arena de Pernambuco, na região metropolitana do Recife, até o hotel após o 1 a 1 pela Copa do Nordeste. A emboscada foi feita com arremessos de bomba caseira e de pedras.
“Hoje me encontro de uma maneira interna que nunca me vi antes. Não importa aqui explicar o diagnóstico médico, mas o fato que estou angustiado, me sentindo profundamente abalado e com momentos de crise de pânico que não desejo a ninguém. Quem sente ou já sentiu isso vai entender do que estou falando”, escreveu o jogador em uma rede social.
Galhardo não se feriu no ataque, mas seis companheiros sim. Dos jogadores machucados, o zagueiro Titi é o que não tem prazo para voltar a jogar após passar por uma cirurgia para retirada de um fragmento de bomba ou estilhaço de vidro da perna.
Além dele, o goleiro João Ricardo, o lateral Dudu, o zagueiro Brítez e o volante Lucas Sasha sofreram escoriações. O lateral Gonzalo Escobar levou uma pancada na cabeça, chegou a ficar desacordado, mas não precisou ser internado.
“Não estou reunindo condições emocionais para cumprir minhas obrigações profissionais neste momento. Preciso de verdade dar prioridade à minha saúde mental para que esse problema não se agrave”, acrescentou.
A polícia de Pernambuco continua investigando a emboscada. Um homem se apresentou confessando ter participado do ataque, mas como já estava fora do prazo de flagrante foi ouvido e liberado. A diretoria do Fortaleza tem cobrado diariamente agilidade na identificação dos culpados.
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