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Árbitro da final da Champions pede desculpas por presença em evento da direita radical

Uefa considerou trocar o árbitro da grande decisão, mas acatou o pedido de desculpas e manteve a escala inicial

Árbitro da final da Champions pediu desculpas após presenciar evento da direita radical

Escolhido para apitar a final da Liga dos Campeões, o polonês Szymon Marciniak pediu desculpas nesta sexta-feira (2) por ter dado uma palestra em um evento de negócios ligado à direita radical polonesa. A Uefa chegou a considerar a troca do árbitro para a grande decisão, mas manteve Marciniak como juiz principal do jogo entre Manchester City e Inter de Milão, no dia 10 de junho, em Istambul, na Turquia.

Em comunicado, a Uefa disse ter aceitado “o profundo pedido de desculpas e o esclarecimento do juiz” sobre o caso, denunciado pelo grupo antirracista “Never Again” na quinta (1). O evento tinha como um dos líderes Slawomir Mentzen, político polonês considerado um dos líderes do Confederação, partido da direita radical.

“Quero expressar minhas mais profundas desculpas pelo meu envolvimento (no evento) e por qualquer sofrimento ou dano que eu possa ter causado”, disse Marciniak, no comunicado divulgado pela Uefa, acrescentando que foi “gravemente enganado e que não sabia” das ligações de Slawomir Mentzen com o evento.

Mentzen se tornou famoso em 2019 por fazer um discurso contra “judeus, gays, aborto, tributação e a União Europeia”.

“Eu não sabia que (a conferência) estava associada a um movimento polonês de extrema-direita. Se eu soubesse desse fato, teria recusado categoricamente o convite. Estou empenhado em aprender com essa experiência e garantir que tais lapsos de julgamento não ocorram no futuro”, declarou o árbitro.

Uefa condena participação

A denúncia feita na quinta (1) pelo “Never Again” acendeu o sinal de alerta na Uefa, que se pronunciou publicamente. “A Uefa e toda a comunidade do futebol abominam os ‘valores’ promovidos pelo grupo em questão e levam essas alegações muito a sério. Um novo comunicado será feito amanhã (sexta-feira, 2), após a revisão de todas as evidências”, afirmou a entidade.

Juiz da final da Copa do Mundo do Catar, em dezembro do ano passado, Marciniak ganhou o apoio do governo polonês e da imprensa local, que iniciaram rápida campanha para que o juiz fosse mantido na grande decisão da Liga dos Campeões.

A Polônia é governada pelo partido Lei e Justiça, considero como sendo de extrema-direita.

*Com agências

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