Enviados especiais ao Catar – A Seleção Brasileira disputa nesta sexta-feira (9), contra a Croácia, a partir do meio-dia (de Brasília), no Education City Stadium, pela 15ª vez, as quartas de final de Copa do Mundo, numa história iniciada em 1938, na França, e que tem dois jogos, uma batalha e triangular.
Depois de cair na fase de grupos, numa chave com três seleções, em 1930, no Uruguai, e ser eliminada logo na primeira fase em 1934, na Itália, numa competição disputada toda no sistema de mata-mata, o Brasil joga as quartas de final do Mundial pela primeira vez em 1938, na França.
Assim como quatro anos antes, o torneio foi todo eliminatório e depois de passar pela Polônia, na primeira fase, a Seleção encarou a Tchecoslováquia, que era vice-campeã mundial nas quartas. O primeiro jogo, em 12 de junho, teve a primeira expulsão brasileira em Copas. Zezé Procópio foi tirado do jogo pelo árbitro húngaro Paul von Hertzka logo aos oito minutos por falta em Nejedly.
Naquela época não existia o cartão vermelho, introduzido apenas em 1970, no México, mas já havia a exclusão de jogadores e mais dois deixaram o campo mais cedo, o brasileiro Machado e o tcheco Riha, por trocarem agressões.
O empate por 1 a 0 no tempo normal e sem gols na prorrogação obrigou a disputa de um segundo jogo entre as equipes, que entraram em campo em Bourdeaux apenas dois dias depois. E e 14 de junho de 1938, o Brasil venceu por 2 a 1, de virada, a sua primeira quartas de final de Copa do Mundo.
Batalha de Berna
A Segunda Guerra impediu a disputa do Mundial em 1942 e 1946. Em 1950, no Brasil, não foram disputadas as quartas de final, que voltaram em 1954, na Suíça. E a Seleção teve pela frente a forte Hungria, de Puskas, que venceu por 4 a 2 um jogo extremamente violento que ficou conhecido como “Batalha de Berna”.
No bicampeonato mundial de 1958 e 1962, o Brasil passou por britânicos nas quartas, superando País de Gales, na Suécia, e a Inglaterra, no Chile. Em 1966, a eliminação na fase de grupos impediu que a Seleção disputasse a etapa.
No tricampeonato, no México, em 1970, o Peru foi o rival brasileiro nas quartas e saiu derrotado por 4 a 2. Nas duas Copas seguintes, em 1974, na Alemanha, e 1978, na Argentina, a fase não fez parte do programa.
As quartas de final voltaram à Copa do Mundo em 1982, na Espanha, mas com um formato diferente. Quatro triangulares, em turno único, decidiam os semifinalistas. O Brasil caiu num grupo com Argentina e Itália, que ficou com a vaga.
Em 1986, no México, o técnico Telê Santana amargou a segunda eliminação nas quartas diante da França, nos pênaltis, depois de abrir 1 a 0 e ter uma penalidade desperdiçada por Zico no tempo normal.
Sequência positiva
A partir do tetra, em 1994, o Brasil emenda uma sequência de três sucessos seguidos nas quartas de final, pois foi finalista nos Estados Unidos, quando passou pela Holanda na batalha por vaga na semifinal, na França (1998), quando superou a Dinamarca, e em 2002, na Coreia do Sul e Japão, fazendo da Inglaterra a sua vítima.
Por outro lado, a partir de 2006, começa a série de três eliminações nas quartas em quatro edições. Na Alemanha, a França tirou o Brasil. Em 2010, na África do Sul, a carrasca foi a Holanda. E em 2018, na Rússia, a queda foi diante da Bélgica.
Só em 2014, em casa, a Seleção superou as quartas de final após o penta, batendo a Colômbia. A expectativa é de que essa conta aumente nesta sexta-feira, diante da Croácia.
