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Morre Arlindo Cruz: ícone do samba fez parte do grupo Fundo de Quintal; relembre carreira

Ele substituiu Jorge Aragão no grupo na década de 1980; em 1993, após 12 anos, investiu na carreira solo

Arlindo Cruz

O músico, cantor e compositor Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava com a saúde debilitada desde 2017, quando sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e carregou sequelas até o fim da vida.

Arlindo Cruz substituiu Jorge Aragão no Fundo de Quintal na década de 1980. Em 1993, deixou o grupo após 12 anos e investiu na carreira solo.

Mas, muito antes, ao sete anos, ele quando ganhou o primeiro cavaquinho e aprendeu a tocar com a ajuda do pai.

Mais tarde, entrou para a escola de música Flor do Méier, onde aprendeu a tocar violão. Na mesma época, começou os trabalhos como músico, participando de rodas de samba com vários artistas.

Frequentou a roda de samba Cacique de Ramos, onde tocou ao lado de nomes como Jorge Aragão, Beth Carvalho, Beto sem Braço, Ubirany e Almir Guineto.

Arlindo vendeu milhares de discos e, nessa época, também fez parceria com o sambista Sombrinha.

Dono de vários hinos do samba, Arlindo fez sucesso com canções como “Meu Lugar”, “O Bem”, “O Que É o Amor?” e “O Show Tem Que Continuar

Escreveu músicas que ficaram famosas na voz de vários artistas como “Grande Erro” (Beth Carvalho), “Novo Amor” (Alcione), “Bagaço da Laranja” (Zeca Pagodinho) e “Tá Perdoado” (Maria Rita).

Na televisão, o músico marcou as tardes de domingo no Esquenta! (TV Globo). Arlindo comandava a roda de samba do programa dominical comandado por Regina Casé, que ficou no ar de 2011 a 2017.

Arlindo também foi compositor de sambas-enredo, conquistando três Estandartes de Ouro. Escreveu, principalmente, para a escola de samba Império Serrano, mas também compôs para a Grande Rio, Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu .

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Alex Araújo é formado em Jornalismo e Relações Públicas pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e tem pós-graduação em Comunicação e Gestão Empresarial pela Universidade Pontifícia Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Já trabalhou em agência de publicidade, assessoria de imprensa, universidade, jornal Hoje em Dia e portal G1, onde permaneceu por quase 15 anos.