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MC Poze quebra silêncio após ser denunciado por tortura e extorsão: ‘Não tenho paz’

MC Poze do Rodo lamentou a situação por meio de uma mensagem publicada no Instagram

MC Poze do Rodo se pronunciou pelo Instagram

MC Poze do Rodo usou seu perfil no Instagram, na noite desta quinta-feira (31), para lamentar a denúncia que recebeu do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por tortura e extorsão mediante a sequestro de seu ex-empresário Renato Medeiros.

“Não tenho um dia de paz, meu Deus do céu, eu não mereço isso, eu só quero viver de boa”, escreveu o cantor em um story. A mensagem antecedeu o posicionamento da defesa dele, alegando que o pedido de prisão “não tem fundamentos concretos”.

Em nota, Fernando Henrique Cardoso, advogado de Poze, ressalta que ele está cumprindo as determinações do órgão. “Desde o início dessa investigação, tanto o Ministério Público como o Poder Judiciário entenderam ser desnecessária qualquer decretação de prisão. Aplicaram, desde então, medidas cautelares que vem sendo respeitadas e seguidas perfeitamente, nos últimos 30 meses, sem qualquer descumprimento”, diz trecho da nota.

Fernando, que assinou a nota, ainda critica o pedido. “O pedido, feito pela delegacia e por outro promotor, frise-se, 30 meses depois de fiel cumprimento das cautelares, não tem fundamentos concretos tampouco contemporâneos. Marlon segue respeitando toda e qualquer decisão do Poder Judiciário e, no processo, provará sua inocência”, encerra.

Denúncia e pedido de prisão

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou e pediu a prisão de Marlon Brendon Coelho, conhecido artisticamente como MC Poze do Rodo, e outros nove envolvidos em um caso de tortura e extorsão mediante a sequestro de seu ex-empresário, que teria acontecido em 2023.

De acordo com o g1, a denúncia destaca que Poze e um grupo de amigos teriam atuado de maneira coordenada para agredir e obrigar Renato Medeiros, ex-empresário do cantor, a confessar o roubo de uma joia do artista.

O portal destacou que as investigações da 42ª Delegacia Policial do Recreio apontaram que Renato foi agredido com socos, chutes e ainda uma arma artesanal a base de madeira e pregos. Além disso, o funcionário teria sofrido diversas lesões no corpo, como fraturas e queimaduras por brasa de cigarro.

“A acusação foi apresentada com base em elementos concretos colhidos ao longo da investigação, os quais apontam de forma consistente para a materialidade do crime e os indícios de autoria. O pedido de prisão, por sua vez, visa garantir a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal, diante da gravidade dos fatos imputados ao acusado”, afirmou o advogado Rodrigo Castanheira, que representa Renato, ao g1.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com o Ministério Público do RJ e ainda aguarda retorno.

Poze foi preso em maio

Vale lembrar que o MC foi preso em maio deste ano por envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho e apologia ao crime. MC Poze do Rodo estava em casa, em um condomínio de luxo, quando foi surpreendido por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e encaminhado à Cidade da Polícia.

No entanto, o artista teve o habeas corpus concedido pela Justiça três dias depois. Na época, a decisão, além de revogar a prisão temporária do funkeiro, pediu a soltura dele do presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó, onde ele passou cinco dias.

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André Viana é jornalista, formado pela PUC-MG. Já trabalhou como redator e revisor de textos, produtor de pautas e conteúdos para rádio e TV, social media, além de uma temporada no marketing.