Virginia Fonseca e Zé Felipe colocaram um
Apesar de não terem passado o fim de semana na mesma casa, Virginia avisou em sua
Afinal, é recomendável que um casal separado siga morando na mesma casa? Veja o que a psicologia diz sobre isso.
À Itatiaia, Alexander Bez, psicólogo, especialista em relacionamentos e autor de sete livros, responde esta e outras perguntas. Confira!
É recomendável que um casal separado siga morando na mesma casa?
“Em linhas gerais, não é o mais recomendável. Quando um casal decide se separar, é fundamental que essa decisão se reflita também no espaço físico e na rotina. Permanecer sob o mesmo teto pode gerar confusão emocional, dificultar o processo de desligamento e até alimentar falsas esperanças. Claro que existem exceções, como questões financeiras ou filhos pequenos, mas mesmo nesses casos é importante que os limites estejam muito bem estabelecidos. A convivência diária após o término pode atrasar a elaboração emocional da separação e prejudicar a saúde mental dos envolvidos.”
É saudável para os filhos que isso aconteça? Ou o ideal é cada um morar em uma casa?
“Para os filhos, especialmente na infância, o mais saudável é que exista clareza e coerência emocional por parte dos pais. Crianças percebem quando há tensão ou desconforto no ambiente. Manter um convívio forçado pode acabar transmitindo insegurança ou mensagens contraditórias. O ideal, quando possível, é que cada um siga com sua vida, em casas separadas ou não, mas mantendo uma relação cooperativa e harmoniosa na coparentalidade. O importante é que os filhos saibam que continuam sendo amados e que os pais estão emocionalmente estáveis e disponíveis para eles.”
Zé Felipe, Virginia e os filhos, José Leonardo, Maria Flor e Maria Alice
Virginia e Zé Felipe anunciaram que, a partir de agora, seguirão como amigos. É possível manter amizade após fim de um relacionamento?
“Sim, é possível, mas depende de muitos fatores. A forma como o relacionamento terminou é decisiva. Quando há respeito mútuo, ausência de traições ou mágoas profundas, e principalmente quando existe maturidade emocional, essa transição pode acontecer de maneira saudável. Casais que têm filhos, como é o caso de Virginia e Zé Felipe, tendem a ter mais motivos para manter uma relação cordial e, em muitos casos, até amistosa. Mas é essencial que essa amizade não seja um disfarce para sentimentos mal resolvidos. Clareza emocional, respeito e limites bem definidos são fundamentais para que essa nova dinâmica funcione sem causar prejuízos afetivos.”
Como os pais devem lidar com os filhos, principalmente na infância, após uma separação? A terapia é imprescindível?
“Os pais devem priorizar o bem-estar emocional dos filhos e entender que eles também passam por um processo de luto diante da separação. É fundamental que haja diálogo adequado à idade da criança, evitando sobrecarregá-la com informações desnecessárias ou envolvê-la em conflitos. A terapia não é obrigatória em todos os casos, mas pode ser extremamente benéfica — tanto para os pais, quanto para os filhos — especialmente quando há sinais de sofrimento emocional, mudanças bruscas de comportamento ou dificuldades na adaptação. A terapia ajuda a ressignificar esse momento e oferece suporte para uma transição mais leve e estruturada.”
Algo que gostaria de acrescentar ou esclarecer?
“Gostaria de reforçar que o fim de um relacionamento, embora doloroso, pode ser uma oportunidade de crescimento e amadurecimento emocional. Cada pessoa lida com o término de uma forma diferente, e não há um ‘certo’ ou ‘errado’ absoluto. O importante é buscar clareza sobre os próprios sentimentos, respeitar os próprios limites e, quando necessário, procurar ajuda profissional. A terapia, seja individual ou de casal, é um espaço seguro para organizar as emoções e tomar decisões mais conscientes, especialmente quando há filhos envolvidos ou sentimentos ambivalentes em relação à separação. O cuidado com a saúde mental deve ser sempre uma prioridade.”