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Ana Castela alerta amigos sobre cigarros eletrônicos e toma atitude; entenda os riscos

A boiadeira surpreendeu os colegas e explicou os riscos à saúde

A cantora Ana Castela, de 20 anos, fez um alerta para seus amigos sobre os riscos que o cigarro eletrônico podem causar à saúde. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, a boiadeira ainda tomou uma atitude drástica e surpreendeu os colegas.

Em conversa com os amigos, Ana Castela explicou que não fuma e tomou os cigarros deles. “Isso daqui eu não fumo e também não gosto de quem fuma isso. Todo mundo que fuma eu faço tirar e eu faço jogar fora”, afirmou. (Veja aqui o vídeo)

Ela ainda explicou os riscos à saúde e contou que se preocupa com quem ama: “Agora, pode não fazer mal. Mas no seu futuro pode sim fazer muito mal. Tem pessoas que morrem por causa disso e não quero quer as pessoas que eu amo morram. É melhor vocês sofrerem agora sentindo falta disso do que depois e vocês podem estar pior no hospital.”

“Eu sei que no começo é muito ruim, sentir ansiedade e tudo mais. Mas depois quando parar vocês vão se sentir muito melhor”, completou.

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Entenda os riscos

Um estudo apresentado em um encontro anual da American College of Cardiology mostra que o uso do vape e do cigarro eletrônico pode aumentar as chances do surgimento de doenças cardíacas em 19%.

De acordo com a pesquisa conduzida pelo cardiologista Yakubu Bene-Alhasan, o uso de nicotina aerossol sem combustão tem efeitos nocivos à saúde do coração. Mas não é de hoje que autoridades médicas demonstram preocupação com o uso dos dispositivos eletrônicos que, “prometem” causar menos danos para a saúde do que os cigarros normais.

Luiz Fernando Ferreira Pereira, coordenador do serviço de pneumologia do Hospital das Clínicas e pneumologista do Oncoclinicas-BH, explica que no cigarro eletrônico não há combustão e por isso não há produção de fumaça.

“O cigarro eletrônico produz e libera um vapor com inúmeras substâncias que também podem ser prejudiciais à saúde, incluindo cancerígenos. Entre estas destacam-se: nicotina, propilenoglicol, glicerol, material particulado fino, metais pesados e centenas de outras substâncias. Além disso, podem ser misturados diversos aromatizantes, que são muito atrativos para crianças iniciarem o uso dos Vapes. Os eletrônicos da quarta geração contém sais de nicotina e liberam alta concentração de nicotina para os seus usuários”, detalha.

O médico ainda explica que, embora tenha menos substâncias prejudiciais à saúde, os vapes proporcionam riscos e malefícios à saúde, alguns parecidos e outros diferentes dos cigarros comuns. O uso dos cigarros eletrônicos causa irritação das vias aéreas, inflamação das mucosas e aumento do risco de câncer. Em adolescentes aumentam tosse, chiado e crises de asma. Em ratos já foi provado que causa enfisema. Cigarros eletrônicos aumentam o enrijecimento dos vasos e riscos cardiovasculares.

“Ao contrário do que muita gente pensa, o cigarro eletrônico também causa dependência e, com maior potencial do que o cigarro comum, por liberar altas dosagens de nicotina. Os eletrônicos triplicam o risco de um jovem iniciar o uso de cigarros comuns”, alerta Luiz Fernando Ferreira Pereira, coordenador do serviço de pneumologia do Hospital das Clínicas e pneumologista do Oncoclinicas-BH.

Faltam estudos que mostrem como ficar livre da dependência dos cigarros eletrônicos, mas, no momento, são aplicadas as mesmas técnicas para o abandono do uso de cigarros comuns:

  • Vontade e força de vontade para tentar cessar;
  • Apoio comportamental;
  • Uso de medicamentos de primeira linha, como adesivos e gomas de nicotina e/ou bupropiona.

*Com informações de Jacqueline Moura


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Natasha Werneck é jornalista formada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Foi repórter de Política e Cultura do Jornal Estado de Minas e já atuou em portais como Hugo Gloss e POPline. Foi estagiária da Itatiaia e retornou à empresa em 2023, como repórter de Entretenimento.
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