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Harry deu continuidade a ‘trabalho inacabado’ de Diana na Nigéria; entenda

Duque de Sussex fez viagem de três dias ao país, onde esteve acompanhado pela esposa, Meghan Markle

Príncipe Harry esteve sozinho em compromissos na Inglaterra, na última semana

O príncipe Harry realizou, nos últimos dias, uma viagem à Nigéria, onde esteve acompanhado pela esposa, Meghan Markle. O duque e a duquesa de Sussex chegaram ao país quase exatos 34 anos depois de uma visita da princesa Diana e do então príncipe Charles, agora rei Charles III.

À época, a viagem foi marcante pela cena de Diana segurando a mão de um paciente com lepra, gesto seguido pelo então marido, apesar dele inicialmente parecer desconfortável. A visita de Harry e Meghan foi considerada como mais um esforço para continuar o trabalho “inacabado” da mãe.

“O trabalho da minha mãe estava inacabado, me sinto na obrigação de dar continuidade tanto quanto possível”, revelou durante entrevista a um podcast, em 2022. “Eu nunca poderia ocupar o lugar dela, por causa do que ela fez, do que ela representava e do quão vocal ela era”, falou sobre as ações da então princesa de Gales.

A viagem de Charles e Diana à Nigéria ocorreu dois anos antes da separação polêmica do casal, quando tensões já existiam nos bastidores. Durante os cinco dias que passaram no país, eles estiveram separados na maior parte dos compromissos, e demonstraram desconforto nas aparições conjuntas — o que não foi o caso de Harry e Meghan.

Na visita, o duque e a duquesa de Sussex conversaram com um grupo de crianças em idade escolar, quando Harry destacou a importância dos cuidados com saúde mental. Meghan se referiu ao local como terra materna, mas revelou certa tristeza por estar longe dos filhos, Archie e Lilibet.

Após deixarem a Nigéria, o casal voou até o aeroporto de Heathrow, em Londres, na Inglaterra. O pouso ocorreu na mesma data em que o rei Charles III entregou uma honraria a William, que serviu como uma alfinetada ao filho mais novo. A expectativa é que, de lá, Harry e Meghan retornem para Los Angeles, nos Estados Unidos.

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Relembre o acidente que matou Lady Di

Diana Spencer, a Princesa de Gales, morreu em 31 de agosto de 1997, aos 36 anos. A ex-mulher do atual Rei Charles III sofreu um acidente de carro no túnel Pont de l’Alma, em Paris, na França, quando era perseguida por paparazzi. Ela morreu de hemorragia interna causada por ferimentos graves no tórax, pulmão e cabeça.

Oficialmente divorciada do então príncipe Charles há um ano, Diana viajava de férias com o produtor cinematográfico e empresário egípcio Dodi Al-Fayed. O novo casal chegou a Paris em 30 de agosto, quando jantaram no hotel Ritz, que pertencia a Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi.

Na madrugada de 31 de agosto de 1997, Diana e o empresário tentaram sair do local de forma discreta, mas foram perseguidos por paparazzi pelas ruas de Paris. O veículo ficou destruído após bater em um pilar de concreto no túnel. Fayed e o motorista Henri Paul, que tinha alto nível de álcool no sangue, morreram com o impacto. O segurança Trevor Rhys-Jones foi o único sobrevivente.

Diana foi encaminhada para o Hospital de la Pitie-Salpetriere, onde foi submetida a uma cirurgia de urgência para fechar um ferimento na veia pulmonar esquerda. Apesar das tentativas médicas, ela morreu às 4h da manhã do horário de Paris. O corpo da mãe dos príncipes Harry e William foi, então, encaminhado a Londres, onde foi velado e enterrado.

Sete fotógrafos, seis franceses e um macedônio foram detidos após o acidente. O grupo perseguia o carro ocupado por Diana e Fayed em motocicletas. À época, as fotos do acidente foram oferecidas aos jornais por uma fortuna. Posteriormente, o grupo foi liberado pela polícia francesa.

O Tribunal Superior de Londres definiu, em 2008, que o acidente de carro foi um “homicídio por negligência”. O motorista do veículo, que morreu no acidente, e os fotógrafos que perseguiam a princesa foram classificados como culpados. Apesar disso, ninguém foi preso.


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Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.