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Miss Universo Brasil explica que Miss MG estava inapta a participar do concurso

Organização esclarece, ainda, que concurso foi realizado sem autorização do Miss Universo

A modelo Daniela Oliveira, de 27 anos, que renunciou o título de Miss Universo Minas Gerais 2024, estava inapta a participar do Miss Universo Brasil por não ser cidadã brasileira. As informações foram divulgadas por Gerson Antonelli, atual CEO e diretor nacional do Miss Universo Brasil, nesta quarta-feira (8).

A representante de Juiz de Fora, que é nascida em Lisboa, em Portugal, alegou que o então coordenador do concurso no estado, Diley Almeida, sabia da situação e que em nenhum momento foi informada que não poderia concorrer ao título.

Inicialmente, Gerson esclareceu que o Miss Universo Minas Gerais 2024 foi realizado sem aval da organização internacional. Ou seja, não havia licenciamento para que o concurso, que ocorreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata, fosse realizado.

“Naquela época nós não éramos franqueados pela organização Miss Universo Brasil. Então não temos qualquer responsabilidade sobre a validade de tal concurso”, explica o diretor nacional.

“O que nós queremos esclarecer é que durante todo esse período tentamos negociações com o coordenador estadual da outra administração e não conseguimos nos acertar. As negociações foram infrutíferas, ele decidiu se desligar”, acrescenta.

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Com a saída de Diley, conforme Gerson, Daniela procurou a organização do Miss Universo Brasil e contou toda a situação. Segundo ele, durante a conversa, a modelo explicou que não era cidadã brasileira e nem tinha naturalidade, e que isso havia sido mencionado ao coordenador, que ainda assim aprovou sua participação.

“Consultamos o Miss Universo a respeito da situação e foi nos comunicado oficialmente via e-mail e também com o regulamento oficial que toda candidata que participa de qualquer fase do Miss Universo, seja municipal, estadual ou nacional, tem que ser cidadã do país que representa, ser naturalizada caso não for nascida no país e ter a documentação para provar tal fato”, pontuou.

Ele continua: “A Daniela não tem essa documentação e, portanto, nenhuma outra coordenação do Brasil ou de qualquer país do mundo pode aceitar uma candidata que não seja naturalizada ou que não tenha documentação exigida pela organização Miss Universo internacional”.

Gerson diz que fez de tudo para que Daniela continuasse, mas que o regulamento do concurso não permite sua participação. “Em relação à dupla cidadania, se esse fosse o caso, ela poderia ser aceita, mas ela não tem essa dupla cidadania aqui no Brasil, então por esse caso nós não podemos aceitá-la como candidata no nosso concurso nacional”.

Em comunicado nessa terça (7), Daniela explicou que está “completamente desolada”, que sua saúde mental foi “colocada em jogo” e que “brincaram” com seus sonhos.

“A coordenação, na qual fui representada, em todo esse período não honrou com a palavra e o dever de me avisar de quaisquer que fossem os empecilhos que me causaria algum tipo de transtorno ou até mesmo impossibilidade de participar do concurso, mesmo com um contrato que me asseguraria o direito de participar”, disse.

A modelo completa: “Um sonho que acabou se tornando um pesadelo, onde coloquei a minha saúde mental em jogo, me frustrando e me calando por situações que ainda não posso falar. Eu fui surpreendida com a notícia somente quando saiu a nota da Coordenação Estadual, momento em que a organização Nacional através do seu presidente prontamente entrou em contato comigo oferecendo todo apoio para que eu continuasse no concurso.”

Daniela Oliveira seria a primeira mulher casada a representar Minas Gerais na história do concurso. Ainda não se sabe quem será o novo coordenador estadual do Miss Universo MG, se a candidata será indicada ou se um novo concurso será realizado.

O que diz a antiga coordenação?

Em nota, Diley afirmou que a realização do Miss Universo Minas Gerais 2024 “era de total conhecimento e autorizado pela até então organização nacional.” Ele diz, ainda, que “jamais permitiria que algo fosse feito sem total transparência e permissão.”

Com o anúncio do novo dono do Miss Universo Brasil, Diley conta que tentou negociar a franquia estadual, no entanto, o valor de licenciamento era “extremamente abusivo”. Ele finaliza agradecendo a todos os envolvidos no último concurso.


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Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.
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