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Caetano Veloso em BH: saiba todos os detalhes sobre a turnê ‘Meu Coco’

O artista chega à capital mineira no dia 2 de dezembro, na Arena Hall

Caetano Veloso abriu a turnê ‘Meu Coco’ em BH e voltará dia 2 de dezembro

Depois de lançar sua turnê nacional em Belo Horizonte, com 3 datas esgotadas, e passar pelas principais cidades do país, Caetano Veloso volta à capital mineira para uma nova fase do show especial “Meu Coco”. Ele fará uma única apresentação no Arena Hall, dia 2 dezembro, a partir das 20 horas. Saiba tudo sobre a turnê!

Caetano lançou seu álbum com canções inéditas, “Meu Coco”, com 12 faixas, 10 inéditas e 2 releituras, depois de 9 anos sem lancar um novo trabalho. A turnê tem um repertório especial, com seus grandes sucessos e também músicas do seu novo trabalho.

Em nota, o artista ressalta que fazer turnê como parte da divulgação de um LP é “um hábito velho, do tempo dos discos físicos”. “O show Meu Coco refere-se a esse costume. Mas não é a mesma coisa. Dos que fiz ao longo da carreira, Prenda Minha foi o mais radical em não conter uma só canção do álbum Livro-e ele saiu do show Livro Vivo, eu que mantinha muito do repertório do disco. Acho que só Arnaldo Antunes faz shows como mesmo setlist do disco correspondente”, diz ele.

O artista explica: “No show Meu Coco procuro juntar peças marcantes do álbum com obras que registrem momentos históricos do meu trabalho. Mas com o caráter de roteiro quase cinematográfico que nunca me abandona quando projeto um espetáculo. Penso na sequência de canções como quem está diante de uma moviola-ou de um aplicativo de edição, que é como se chama hoje a montagem.”

Tenho alma de cineasta, embora não tenha vocação física para a vida de um. Assim, a distribuição de canções novas e canções conhecidas não tem a mera função de agradar aos espectadores que queiram ouvir ao vivo o que aprenderam no novo álbum e aos que busquem reouvir coisas minhas já consagradas.

Segundo Caetano, “o critério vai muito além disso”. “A presença de algo antigo mas quase desconhecido- como a de umas e não outras faixas do disco Meu Coco-ilumina o que quer dizer a eventual aproximação de um surrado sucesso óbvio com uma igualmente óbvia canção marcante do álbum novo”, afirma.

“O fato de ter comigo, no estúdio de ensaio e no palco, músicos extraordinariamente dotados me deslumbra e intimida. De Lucas Nunes, um dos prodígios da Dônica e do Bala Desejo, que produziu o álbum Meu Coco comigo, a Kainã do Jeje; de Pretinho da Serrinha a Rodrigo Tavares; de Alberto Continentino a Tiaguinho (também) da Serrinha-é todo um grupo de supermúsicos. Lucas e Pretinho pré-planejaram comigo como andariam os arranjos e eu passei quase todo o tempo dos ensaios seguindo as sugestões que vinham deles. Devo confessar que me sinto deslumbrado e intimidado pela musicalidade deles”, completa.

Ele continua os detalhes do show: “Visualmente, o espetáculo ganhou um presente quase mágico. Hélio Eichbauer, que vinha fazendo os cenários de meus shows desde O Estrangeiro, deixou, antes de morrer repentinamente, um esboço cenográfico que, depois de me ser mostrado por Dedé, que foi minha primeira mulher e viveu casada com Hélio por décadas, foi adaptado por Luiz Henrique, que fora assistente do grande cenógrafo. A adequação das linhas de Joseph Albers aos nossos sons nos diz que Hélio está vivo ali. O show é, desse modo, uma homenagem à sua memória.”

“A luz que revela as muitas possibilidades dessas formas longevas da Bauhaus foi planejada, sob minha mirada, por Fernando Young e Gabriel Farinon (e é operada por este último). O desafio de equilibrar os sons de uma exuberante percussão com nossos gestos harmônicos e melódicos (além de poéticos) é enfrentado por Vavá Furquim (que, desde um encontro casual em Nova York nos anos 1980, tem sido o responsável pelo PA de todos os meus shows) e Igor Leite, que controla os in-ears e todo o som que os que tocamos ouvimos no palco”, ressalta.

Chego aos 80. A forma geral do show se deve também ao prazer da volta quase-pós-pandêmica aos palcos e a atenção à minha história nessa arte tão amada e bem cultivada pelos brasileiros-mesmo que minhas reservas quanto a meu talento para ela não tenham se desfeito.

Última turnê

O cantor baiano Caetano Veloso, de 80 anos, usou as redes sociais em junho (4/6) para anunciar que a turnê Meu Coco pode ser a última dele fora da Bahia. “Penso que esta turnê pode ser a última que faço voando pelo mundo. Quero voltar a viver na Bahia e cantar lá toda semana - e que venha à minha terra quem quiser me ver e ouvir”, publicou Caetano Veloso.

Caetano Veloso turnê “Meu Coco”

Local: Arena Hall (Antigo Marista Hall) - Av. Nossa Sra. do Carmo, 230 - Savassi, Belo Horizonte / MG

Data: 2 de dezembro (sábado)

Horários: Abertura da casa às 20h; Show às 22h

Valores:

  • Arquibancada Prata: a partir de R$ 175,00

  • Arquibancada Ouro: a partir de R$ 225,00

  • Setor Prata: a partir de R$ 380,00

  • Setor Ouro: a partir de R$ 490,00

Ingressos: Na bilheteria do Arena Hall e pelo site Sympla.com.br

Mais informações: (31) 97222.2424

Realização: Ímpar Shows

Natasha Werneck é jornalista formada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Foi repórter de Política e Cultura do Jornal Estado de Minas e já atuou em portais como Hugo Gloss e POPline. Foi estagiária da Itatiaia e retornou à empresa em 2023, como repórter de Entretenimento.