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Assassina de Selena Quintanilla corre risco de morte e pode deixar a prisão

Yolanda Saldívar foi presa por matar a cantora latina a tiros em 1995 e condenada à prisão perpétua

Selena e Yolanda Saldívar em foto tirada no casamento da cantora

A mulher que matou Selena Quintanilla a tiros e foi condenada à prisão perpétua estaria correndo risco de morte em uma prisão de segurança máxima no Texas, nos Estados Unidos. Yolanda Saldívar pode ganhar direito à liberdade condicional em 2025, quando o crime completa 30 anos.

Conforme divulgado pelo site norte-americano The Messenger, “há uma recompensa pela cabeça” da mulher. Uma ex-detenta relatou que Yolanda é desprezada pelas outras presas de Gatesville e já foi atacada por duas mulheres, que precisavam ser contidas por guardas, em uma das poucas vezes em que saiu sozinha pelos corredores.

“Ela é odiada. Todo mundo quer pegá-la. Ela é a pessoa mais odiada da prisão”, relatou uma fonta ao site. Outra ex-detenta revelou que as outras mulheres diziam querer “cinco minutos” com a assassina de Selena para vingar a morte da artista.

Selena Quintanilla-Pérez foi uma cantora, compositora e modelo de origem latina. A artista iniciou a carreira ainda na infância, durante os anos 1980, e vendeu mais de 65 milhões de álbuns. Selena conquistou um Grammy em 1994 e ainda é conhecida por sucessos como “Bidi Bidi Bom Bom” e “Como La Flor”. Ela já foi interpretada por Jennifer Lopez em filme biográfico de 1997.

Morte de Selena Quintanilla

Yolanda Saldívar era responsável pelo maior fã-clube de Selena, pelo qual abandonou o emprego que mantinha como enfermeira. Assistente pessoal da artista, ela também era responsável por duas butiques da cantora e se tornou amiga da família.

Em 1995, quase seis anos após o início da relação, foi descoberto que Yolanda já havia desviado mais de 60 mil dólares dos empreendimentos de Selena. A ex-enfermeira foi demitida pelo pai de Selena, Abraham Quintanilla, e comprou a arma que matou a artista alguns dias depois.

Para atrair Selena, Yolanda teria alegado que foi estuprada e precisava de companhia para ir ao médico. A falta de sinais de violência motivou uma briga entre a dupla, mas, mesmo assim, a ex-funcionária atraiu a artista para o quarto de hotel em que estava e a atingiu com um tiro no ombro esquerdo.

A bala atingiu uma artéria e fez com que Selena perdesse muito sangue. Mesmo ferida, testemunhas relembram que a artista citou o nome de Yolanda e informou em qual quarto a ex-assistente estava, temendo ser baleada mais uma vez.

A artista foi atendida no local, mas já chegou ao hospital sem sinais vitais. Enquanto isso, Yolanda tentou fugir do hotel e ameaçou tirar a própria vida, mas se entregou afirmando que o disparo tinha acontecido de forma acidental. Ela foi condenada à prisão perpétua pela morte de Selena, em outubro de 1995.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.