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Disney quer acabar com compartilhamento de senhas em 2024

A ideia da empresa é converter as pessoas que usam contas de outras pessoas em assinantes dos planos do Disney+

A medida deve chegar aos EUA e Canadá em 2024

A Disney iniciou planejamento para combater o compartilhamento de senhas entre usuários que não residem na mesma casa. A informação foi confirmada pelo CEO do canal, Bob Iger, que afirma que está ‘explorando ativamente’ estratégias e pretende melhorar o faturamento com o streaming.

Em entrevista, o representante revelou que a ideia é converter as pessoas que usam contas de outras pessoas em assinantes das plataformas, já que o número de clientes perdidos por conta da divisão é ‘significativo’.

“Estamos explorando ativamente maneiras de abordar o compartilhamento de contas e as melhores opções para assinantes pagantes compartilharem suas contas com amigos e familiares. Ainda este ano, começaremos a atualizar nossos contratos de assinantes com termos adicionais e nossas políticas de compartilhamento e implementaremos táticas para impulsionar a monetização em algum momento de 2024", relata.

Segundo dados da revista Variey, o Disney+, principal plataforma da marca, perdeu 300 mil clientes nos Estados Unidos e Canadá. O anúncio das medidas veio acompanhando com o reajuste no valor de planos no país.

A partir do dia 12 de outubro, o plano sem anúncios do Disney+ vai passar a custar U$ 13,99 (cerca de R$ 68,57), um aumento de U$ 3. A empresa alega que o acréscimo se deve pela oferta de produtos na plataforma. Até o momento, não há informações se os planos ficarão mais caros em outros países.

Ainda não há data definida para a novidade, mas, segundo Iger, a determinação é uma prioridade a partir de 2024.

Seguindo os passos da concorrente

A Disney está seguindo os passos da concorrente Netflix, que anunciou em 2022 medidas que limitavam o compartilhamento de senhas para garantir que os usuários são confiáveis e com o intuito de ‘fazer dinheiro’.

A medida afetou diretamente assinantes do Canadá, de Portugal, da Espanha e da Nova Zelândia, que terão de pagar um valor adicional para até dois perfis extras fora do endereço principal da Netflix. Isso vai ser necessário para que continuem a ter acesso ao catálogo.

A ‘multa’ também chegou no Brasil, com a cobrança de mais R$ 12,90 por mês, além da assinatura, para usuários que compartilham a conta com pessoas que moram em outras residências. O que resultou em uma queda de 3% no número de usuários ativos mensais no país. A cobrança foi iniciada em 23 de maio e resultou em uma migração dos usuários para plataformas concorrentes.

Formado em Jornalismo pelo UniBH, em 2022, foi repórter de cidades na Itatiaia e atualmente é editor dos canais de YouTube da empresa.