Após mais de 30 anos, a banda mineira
O show contou com uma mega estrutura, que serviu para gravação também de um DVD,
Ao subir ao palco, Samuel Rosa fez um pronunciamento emocionante:
A maior dúvida de uma banda, quando ela começa, é saber quanto tempo essa brincadeira maravilhosa vai durar, você viver de arte, você viver da sua música. A gente teme muito ser efêmero nesse mundo da música popular, da música pop. Eu tinha várias dúvidas, óbvio, todos nós, com uma tenra idade, com 24, 25 anos. E hoje a gente sobe [ao palco] com todas as respostas. Isso é incrível!
O vocalista do grupo completa:
Nós passamos pelos anos, amadurecemos. Eu vou usar uma palavra, envelhecemos, é uma palavra muito digna. E a gente continua relevante pra tanta gente legal quanto vocês. Não é das tarefas mais fáceis, “cês” sabem. Tem muito o que comemorar aqui hoje.
A apresentação foi marcada por muita emoção e também alegria, ao som de hits que acompanharam a história da banda. O público dançou ao som de “Jackie tequila”, trocou carinhos com a pessoa amada com “Sutilmente” e “Vamos Fugir”, e cantou muito “É uma partida de futebol”. Além disso, dentre as canções escolhidas para a noite, estavam: “Dois Rios”, “É Proibido Fumar”, “Ainda Gosto Dela”, “Garota Nacional” e “Mil Acasos”.
O show reuniu milhares de pessoas de vários locais de Minas Gerais, do Brasil e do mundo - incluindo Japão, Estados Unidos (EUA), Portugal, Espanha, Itália e Argentina.
Outro momento emocionante da noite ocorreu quando fãs improvisaram as tradicionais luzes usadas pela
Participação ilustre
Milton Nascimento se juntou aos quatro integrantes do Skank para cantar a música “Resposta”, uma das mais amadas pelos fãs. O público cantou junto todos os versos. No estádio, o clima foi de bastante comoção, um misto de sentimentos: o último show do Skank, a última vez que Milton Nascimento dividia o palco com a banda.
Um mar de pessoas
O Mineirão recebeu um “mar de pessoas” para se despedir do grupo. De Belo Horizonte, Maria Horta Andrade reuniu a família e amigos para curtir o último show da banda - com direito a uma festa feita na pista mesmo.
“O show do Skank é muito BH, é muito mineiro, é tudo de bom, uma energia que não cabe e a gente espera de coração que não seja o último [...] Eu sei todas as músicas. É sempre uma música que toca o coração. É maravilhoso”, comentou.
Direto de Três Pontas, no Sul de Minas Gerais, as irmãs Bruna Mancini e Maísa Mancini vieram à capital para a despedida do grupo. "É muita emoção estar vivendo isso pela última vez, mas eles deixaram muita história e nós vamos viver isso pra sempre”, reflete Bruna.
Moradora de BH, Flávia Caetano trouxe a família toda para acompanhar o show. “Eu sou fã do Skank há muito, muito tempo. Fez parte da minha vida [...] Criei minhas filhas muito bem ao som do Skank. Toda minha família é fã da banda”, conta.
Fim da banda
Foi em 2019 que os integrantes do Skank definiram o fim da banda. No entanto, devido à pandemia, a decisão precisou ser adiada. Em 2022, o grupo formado por Samuel Rosa (voz e guitarra), Lelo Zaneti (baixo), Henrique Portugal (teclados) e Haroldo Ferretti (bateria) deu início à “Turnê da Despedida”, que passou por várias cidades brasileiras e teve seu encerramento em show emocionante em Belo Horizonte neste domingo (26).
À Itatiaia, Henrique Portugal explicou que os integrantes do grupo possuem projetos paralelos - que não coincidiam com a agenda da banda - o que ocasionou seu fim. E é isso que eles irão se dedicar a partir de agora: a projetos pessoais. Alerta para os fãs do grupo: o fim da banda não representa a despedida da carreira dos artistas. Afinal, eles seguem na música, porém em carreira solo.
“Ainda estamos nos organizando e programando nossos trabalhos solos. Alguns de nós já tem coisas paralelas à banda e devemos seguir trabalhando com outros amigos, com outros projetos”, contou Henrique. Ele acrescenta: “O importante é que a gente sabe que o Skank sempre vai existir, mesmo que a gente não toque mais junto. O Skank não acaba, as nossas músicas seguem.”
Com Marina Borges, Larissa Ricci e Ana Luísa Bongiovani