Estratosférica. Gal Costa, que morreu nesta quarta-feira (9) aos 77 anos, eternizou parcerias com Gilberto Gil desde o seminal “Tropicália ou Panis et Circenses”, de 1968 a “Doces Bárbaros”, de 76. Minutos após a confirmação do falecimento de uma das maiores vozes da música popular brasileira, Gil foi ao Twitter para uma primeira despedida a Gal.
“Muito triste e impactado com a morte de minha irmã Gaúcha @galcosta”, postou o imortal.
Em entrevistas, Gal Costa contou que Gil exerceu influência em sua formação musical ao apresentá-la às canções do guitarrista Jimi Hendrix, além de desenvolver uma afinidade afetiva que os definiria por décadas. Gal imortalizou canções de Gil como “Divino Maravilhoso”, em 68, e “Barato Total”, de 74. Gil e Gal gravaram o disco “Live in London”, em 1971, com guitarras distorcidas para clássicos como “Vapor Barato”, “Como Dois e Dois”, “Coração Vagabundo”, “Dê um Rolê", “Sgt Peppers”, “Up From the Sky” e “Aquele Abraço”, escancarando a influência do rock inglês nos tempos de exílio do cantor.
Gal tocaria no Primavera Sound no último fim de semana, mas precisou cancelar a apresentação. Ela havia passado recentemente por uma cirurgia na fossa nasal direita para retirar um nódulo.