A venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Santa Cruz está muito perto de ser concretizada. É o que afirmou, na tarde desta quarta-feira, o novo presidente do clube, Jairo Rocha. Assumindo o Tricolor após a renúncia de Antônio Luiz Neto, o mandatário coral espera dar encaminhamento à negociação com uma empresa que, garante, logo será conhecida de todos. Ele também afirmou que o executivo respeitará o estatuto do clube e a decisão será levada aos sócios.
“Não digo que a SAF é uma esperança, é a solução para o Santa Cruz. Ela existe de fato e direito. Já está 90% concluída. Com essa SAF nós já temos, inclusive, um grupo empresarial do Brasil que fez a proposta, que está alinhado conosco e fechará conosco, dependendo, lógico, da aprovação do Conselho Deliberativo”, disse Jairo Rocha.
“Saí da reunião quase voando porque ouvi tudo o que foi dito. E é verdade. Eu recebi o documento, li a proposta, o contrato formalizado e estamos apenas resguardando os trâmites legais. Vai sair de uma forma boa e vai trazer um resultado espetacular para o clube”, acrescentou.
De acordo com Rocha, a transação para a venda da SAF não vai comprometer sede, Centro de Treinamento, nem o Arruda. “Vamos requalificar o estádio em cima disso. É uma proposta fantástica”, reforçou.
Presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu recebeu bem as declarações que apontam para uma decisão levada à Assembleia-Geral de Sócios. “Isso sempre foi uma prerrogativa do executivo e sempre será. O que a gente sempre pediu foi que fosse feito pelo sócio. Até para dar uma chancela e uma legitimidade maior. É até uma proteção. Uma coisa é uma pessoa negociar sozinha pelo clube e sozinha vender. Mas é muito mais seguro para o clube, quem vai fazer a SAF é a torcida”, disse Marino.
Apesar do negócio “90% fechado”, Jairo Rocha afirmou que segue aberto para ouvir outras propostas.
Porém, o Santa Cruz parece praticamente decidido. De acordo com Eduardo Paurá Filho, advogado que conduz a reestruturação de dívidas do Santa Cruz e participa dos trâmites da SAF, “a proposta feita está à altura do clube considerando condições se encontra hoje, em crise, sem série”.
“O que investidor fez e já tem condições de num curto prazo trazer a público, foi concluir a proposta. Teremos agora que percorrer o ritmo internamente no clube e posso tranquilizá-los que uma das exigências da proposta é que ela seja submetida ao final à aprovação dos sócios”, acrescentou.
