O Fluminense está cada dia mais consolidado como um dos clubes que mais desenvolvem e formam jovens pelo futebol brasileiro. Nomes como Marcelo, Thiago Silva, entre outros já fizeram história na Europa e outros começam a trilhar esse caminho.
Desde que Mário Bittencourt se tornou presidente do clube, em 2019, como efeito de comparação, o Tricolor já soma mais de R$ 250 milhões em vendas. E o potencial para novos frutos já está sendo observado. No time titular, André e Alexsander são as bolas da vez.
A última grande venda tricolor foi o meia Matheus Martins, lançado por Fernando Diniz no profissional, que pouco atuou e foi para o Udinese-ITA e emprestado ao Watford-ING. Matheus foi negociado por cerca de R$ 32,38 milhões, podendo chegar até a R$ 48 milhões em casos de metas batidas.
Anteriormente, jogadores como Pedro - hoje no Flamengo - também foi para a Itália, além de Luiz Henrique, titular do Real Bétis-ESP. Outros como Kayky e Metinho foram negociados sem jogar profissionalmente com Grupo City.
Outros dois titulares do Flamengo, Gerson e Ayrton Lucas, são oriundos de Xerém. Ambos foram primeiro para o futebol europeu para depois retornar ao Rubro-negro, igual o caso de Pedro. O atacante, no entanto, teve uma proposta negada por Bittencourt para ir direto para o Fla.
E para atingir esse patamar, o Fluminense realiza trabalhos com os garotos tanto dentro, quanto fora de campo. O clube não trabalha só o futebol e sim a mentalidade.
“O Fluminense tem um trabalho longevo e bem estruturado em Xerém que vem evoluindo através dos anos. Um trabalho multidisciplinar norteado por nossa metodologia e que tem como lema principal “Faça uma melhor pessoa que teremos um melhor jogador”. Entendemos que ao colocar o atleta no centro do processo potencializamos o seu desenvolvimento dentro e fora de campo”, explica o diretor executivo da base, Antônio Garcia.
“Temos uma filosofia de jogo que valoriza um jogo com coragem, ofensivo, limpo e intenso, que prioriza a posse de bola objetiva através de passes e dribles rápidos para criar espaços e atacar o gol adversário. Ao perder a bola, buscamos reagir para recuperar a posse o mais rápido possível, de forma organizada. Ficamos felizes em ver estas características aparecendo em campo em nossas categorias”, completou.
Trabalho para desenvolver os jovens
O Fluminense não trabalha também a ideia de futebol de campo apenas. Alguns jovens começam no futsal e fazem aos poucos essa transição para o campo. A ideia é deixar os garotos chegaram cada vez mais prontos ao time profissional
“Temos uma estrutura bem desenvolvida que começa no nosso futsal, que é totalmente voltado para a formação dos jogadores para o campo, passa aqui por Xerém até chegar ao CT da Barra, no futebol profissional. Temos uma grande integração entre as áreas tanto entre atletas, como entre profissionais, para que possa minimizar as dificuldades naturais das trocas de estágios dos jogadores e a sua transição entre as categorias e, principalmente, ao chegar no futebol profissional”, comenta Garcia.
Mais investimento para Xerém
O Centro de Treinamento de Xerém é um dos mais conhecidos do Brasil. Apesar de ter uma das estruturas mais elogiadas, o Fluminense busca melhorar cada vez mais. Por isso, o clube irá fazer novos investimentos.
""Estamos agora investindo ainda mais em equipamentos, tecnologia e no espaço físico do nosso CT Vale das Laranjeiras, em Xerém, que possui uma área de mais de 120 mil m² e que consegue alojar mais de 90 meninos”, revelou destacando o trabalho:
“Temos toda a estrutura necessária para continuar desenvolvendo nossos jogadores e tentando dar orgulho para o nosso torcedor, fortalecendo e consolidando nossa marca nacional de formação: Os Moleques de Xerém”, finalizou Antônio Garcia.
João Pedro rende mais dinheiro
Além das vendas anteriores, o Fluminense também tem faturado alto com o mecanismo de solidariedade da Fifa como clube formador. O caso mais recente foi do atacante João Pedro.
Vendido em 2018 por cerca de R$ 60 milhões para o Watford-ING, o atacante foi negociado agora para o Brighton-ING por R$ 188 milhões. Sendo assim, o Tricolor tem direito a 5% da mais-valia, diferença entre o valor da compra e da revenda.
Sendo assim, o clube vai ganhar com o negócio entre os ingleses aproximadamente R$ 9 milhões. Em 2020, o Fluminense teve o certificado de clube formador renovado pela CBF.