Lançamento mais incensado e especulado dos últimos tempos, o filme ‘Barbie’, como todo produto de entretenimento ligado à indústria cinematográfica, tem despertado opiniões controversas ao redor do mundo. O longa-metragem dirigido por Greta Gerwig, com Margot Robbie e Ryan Gosling nos papeis principais chega nesta quinta (20) às salas de cinema em todo o Brasil.
Na mídia internacional, recebeu, dentre outros, os adjetivos de ‘feminista’, ‘hilário’ e ‘subversivo’. A revista Empire classificou Barbie como um filme “dolorosamente engraçado”, enquanto o jornal britânico Independent o descreveu como “alegre minuto a minuto”.
A publicação britânica Daily Mail afirmou que o longa é “irregular e desconexo”, enquanto a revista Time disse que era “muito bonito, mas não muito profundo”.
Em uma crítica em que deu cinco estrelas, Clarisse Loughrey, da publicação britânica Independent, escreveu: “Barbie é um dos filmes mainstream mais inventivos, imaculadamente elaborados e surpreendentes da memória recente — uma prova do que pode ser alcançado até mesmo nas entranhas mais profundas do capitalismo”.
“Embora seja impossível para qualquer filme de estúdio ser verdadeiramente subversivo, especialmente quando a cultura de consumo percebeu que a autoconsciência é boa para os negócios, Barbie consegue muito mais do que você pensa ser possível.”
Peter Bradshaw, do The Guardian, também fez uma crítica morna, premiando o filme com três estrelas. Ele afirmou que Barbie é “um filme bem-humorado, mas autoconsciente”, que é “ocasionalmente muito engraçado, mas às vezes também de alguma forma recatado e inibido, como se o desejo de ser engraçado só pudesse ser mesquinho e satírico”.
Acrescentou: “Este filme é talvez um comercial gigante de duas horas para um produto, embora não mais do que The Lego Movie, mas Barbie não vai para a jugular da comédia nem de longe.”
Outros críticos foram muito mais positivos. David Fear, da revista Rolling Stone, disse que Barbie “pode ser o blockbuster mais subversivo do século 21", enquanto Alex Flood, do portal New Musical Express (NME), observou que o roteiro “contém sutileza inesperada”.
Lovia Gyarkye, do Hollywood Reporter, discordou um pouco, escrevendo: “Por mais inteligente que seja a Barbie de Gerwig, uma ameaça assombra todo o exercício.”
“A diretora gravou com sucesso sua assinatura e extraiu temas mais profundos de uma estrutura rígida, mas os sacrifícios para a história são claros. A política confusa e a aterrissagem emocional plana de Barbie são sinais de que a imagem, em última análise, serve a uma marca.”
O tom do filme foi criticado por Stephanie Zacharek, da Time, que disse: "É um filme extremamente satisfeito consigo mesmo. A Barbie nunca nos deixa esquecer o quão inteligente está sendo, exaustivo em cada minuto.”