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Minas Arena, Copasa e Cemig: como empresas votaram na RJ do Cruzeiro

Credores do Cruzeiro aprovaram o plano de pagamento das dívidas do clube; votação teve 70% de aprovação

Aprovação do plano de recuperação de credores do Cruzeiro precisa ser homologado pela Justiça

O plano de pagamento de credores do Cruzeiro foi aprovado com 70% dos votos nessa quarta-feira (21). A Itatiaia teve acesso ao documento final, que mostra a votação daqueles que têm valores a receber do clube celeste.

Dentre os credores do Cruzeiro estão grandes empresas, como por exemplo, a Minas Arena, gestora do estádio Mineirão, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Juntas, essas empresas somam um montante de R$ 32.080.565,70 a receber do Cruzeiro.

Em comum, a Minas Arena, a Copasa e a Cemig têm o fato de terem votado favoravelmente pela aprovação do plano de recuperação de credores do Cruzeiro.

Sozinha, a Minas Arena tem R$ 29.096.498,62 a receber da Raposa. Esse montante foi formado após divergências comerciais que se arrastavam entre as partes desde 2013.

A Copasa tem R$ 2.947.063,08 a receber do Cruzeiro e a Cemig um valor menor: R$ 37.004,04.

Votos dos credores

No total, 353 credores votaram no plano de recuperação judicial do Cruzeiro, sendo 250 favoráveis à proposta e 103 contrários. Proporcionalmente, quase 71% dos votantes aprovou o método de pagamento a ser executado nos próximos anos.

Valor da recuperação judicial do Cruzeiro

A quantia da recuperação judicial do clube está em torno de R$ 500 milhões. Já os valores em moeda estrangeira são 2,566 milhões de dólares e 60,5 mil de euros.(leia abaixo detalhes da proposta).

Pagamento aos credores por classes

Pagamento Classe I

Os credores inseridos na Classe I serão os primeiros beneficiados com o pagamento dos créditos trabalhistas. O pagamento é limitado a 150 salários mínimos.

Receberão R$ 15 mil em até três meses após a homologação do acordo de pagamento. Mais R$ 10 mil em até seis meses, também após a homologação. Quitação do débito dentro do limite de 150 salários mínimos em até três anos após a homologação (parcelas anuais).

Os demais débitos trabalhistas terão a previsão de pagamento em até 18 anos, tendo por base um montante mínimo para cada credor, considerando um valor também como teto de repasses pelo clube.

O Cruzeiro tenta ainda que, se as 12 primeiras parcelas forem pagas corretamente, o clube se desobrigará das demais seis restantes. Esse bônus seria limitado a 75% do crédito trabalhista.

Para a classe I o prédio da sede administrativa, no Barro Preto, será colocado como garantia de pagamento.

Pagamento Classe II

Nessa divisão estão os credores com garantia real, os que têm algum bem do clube, seja móvel ou imóvel, dado como garantia de pagamento. Para esses, o planejamento é iniciar o pagamento dos créditos em dois anos após a aprovação do acordo de credores, extinguindo os débitos em parcelais anuais (seis), com juros e correções.

Pagamento classe III

Para essa classe estão àqueles credores trabalhistas e/ou reais que não tiveram todas as suas dívidas quitadas de forma integral.

Para os credores comuns, a previsão é acertar R$ 150 mil em parcela única, sem acréscimos (juros e/ou correções), em até um ano (depois da aprovação do acordo).

O Cruzeiro tenta propor um pagamento aos credores comuns, seja trabalhistas ou reais, com desconto de 75% da dívida. Tudo isso, dois anos após o acordo da Recuperação Judicial. Pagamento por meio de parcelas anuais em até dez anos, contando juros e correções.

Dívidas com CNPJ’s, o Cruzeiro tentará quitar até R$ 40 mil em parcela única, sem descontar nada, após um ano da homologação da RJ.

Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.