O técnico Paulo Pezzolano afirmou, na noite deste domingo (19), que a decisão de deixar o Cruzeiro foi tomada em dezembro. O uruguaio comunicou que não continuaria na Toca da Raposa após a derrota, por 2 a 1, para o América, e a consequente eliminação na semifinal do Campeonato Mineiro.
“A comissão técnica e eu decidimos sair. Não foi uma decisão de cabeça quente, foi tomada com muita calma, pensada, foi uma decisão tomada em dezembro, junto com a direção”, disse o treinador em coletiva de imprensa.
Pezzolano afirmou ainda que, apesar de decidido a deixar o clube estrelado, aceitou comandar o Cruzeiro durante o Campeonato Mineiro para dar tempo à direção estrelada de encontrar um novo comandante com calma.
“A decisão foi tomada em dezembro, mas decidimos em conjunto ficar para o Campeonato Mineiro, para que o Ronaldo e o Paulo André procurem o melhor melhor treinador na opinião deles. Fiquei porque senão teriam de encontrar um interino, então demos esse tempo para que pudessem encontrar um substituto e que venha o melhor para o Cruzeiro. Aceitamos ficar por tudo que o Cruzeiro nos deu e ajudar em tudo até aqui”, manifestou o uruguaio.
Durante a coletiva de despedida, Pezzolano negou que tenha pedido para sair por insatisfação com o elenco ou por problemas com a diretoria do Cruzeiro.
“Deixamos um plantel e uma equipe de jogadores muito bons. Não estou saindo do clube porque não gosto dos nossos jogadores ou por uma decisão da diretoria. Estou saindo por mim mesmo”, afirmou Pezzolano, que admitiu que a decisão foi estritamente pessoal.
“Sinceramente, eu não estava 100% desde dezembro, e acho que um clube gigante como o Cruzeiro exige este nível de dedicação. Ronaldo, Paulo André, Pedro Martins... todos que trabalham no clube, até mesmo os jogadores, precisam de um treinador que esteja a 1000% aqui. O treinador também é uma pessoa e precisa estar com a cabeça no lugar. Precisava estar assim para continuar e tomamos a decisão em conjunto que isso seria o melhor para o cruzeiro”, concluiu Pezzolano.
