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Danilo é a maior marca da polivalência dos defensores de Tite na Copa do Mundo

Vários jogadores do setor já atuaram em posições que não são as suas de origem no Mundial do Catar

De primeiro volante a zagueiro, Danilo já fez de tudo nos clubes por onde passou e até na Seleção

Enviados especiais a Doha - Antes da partida das oitavas de final, contra a Coreia do Sul, o técnico Tite, ainda carregado de incertezas em relação ao seu time, por causa das lesões, destacou o fato de ter montado o seu setor defensivo com vários jogadores que exercem mais de uma função. O maior representante dessa turma é sem dúvida Danilo, revelado pelo América e que nesses mais de 10 anos de carreira, de primeiro volante a zagueiro, já fez de tudo nos clubes por onde passou e até na Seleção.

E essa polivalência seguirá a ser usada por Tite. Na partida desta sexta-feira (9), contra a Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo, ao meio-dia (horário de Brasília), no Education City Stadium, Danilo será o substituo de Alex Sandro, lateral-esquerdo titular que por causa de uma lesão no quadril desfalcará a Seleção Brasileira mais uma vez.

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Lateral-direito de origem, campeão da Libertadores como volante, pelo Santos, há 11 anos, usado em todas as funções principalmente por Pep Guardiola, no Manchester City, questionado sobre essa questão envolvendo Alex Sandro, Danilo falou inclusive sobre seu futuro dentro de campo, que não será pelas laterais que o trouxeram ao Catar.

“Primeiro a gente precisar saber de hoje. Tomara que ele (Alex Sandro) tenha saúde e possa jogar. Quanto a mim, estou curado. Jogar na direita, esquerda, centro da defesa, para mim é indiferente. Para mim é algo natural. Num futuro muito próximo serei zagueiro, pois é onde tenho desfrutado melhor”, revelou o jogador da Juventus.

Tática

Essa versatilidade permite a Danilo exercer várias funções até mesmo dentro de um jogo. E na Seleção é comum ele virar uma espécie de terceiro zagueiro nos momentos de saída de bola, o que para ele não é novidade, embora destaque a dificuldade de que se execute isso em seleções, mérito, segundo ele, da comissão técnica de Tite.

“Joguei assim por um bom tempo no Manchester City, de onde veio o aprendizado. Na Juventus, jogo assim há alguns anos. A disponibilidade dos jogadores de fazer, aprender, é muito importante”, afirmou Danilo, que completa: “as formações têm muito mérito do trabalho da comissão técnica, pois a preparação é feita para todos os atletas. As estratégias são passadas e executadas nos treinos. Quem entra sabe exatamente o que tem que fazer”.

Polivalentes

Na escalação diante da Croácia, as duas laterais terão jogadores “improvisados”, dentro da afirmação de Tite de buscar polivalência nos convocados para o setor.

O zagueiro Éder Militão será lateral-direito e Danilo, que era o titular da posição, jogará na esquerda. E ela já foi ocupada nesta Copa também pelos zagueiros Marquinhos e Bremer durantes os jogos.

O Brasil deve entrar em campo contra a Croácia com: Alisson; Éder Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Danilo; Casemiro, Lucas Paquetá e Neymar; Raphinha, Richarlison e Vinícius Júnior.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro
Mineiro de Formiga, Wellington Campos está na Rádio Itatiaia desde agosto de 1990, atuando como correspondente no Rio de Janeiro, cobrindo o dia-a-dia da CBF, Seleção Brasileira e STJD, além dos clubes cariocas e os esportes olímpicos. Participou das coberturas das Copas do Mundo de 1994 (EUA), 1998 (França), 2002 (Coréia do Sul e Japão), 2006 (Alemanha), 2010 (África do Sul) e 2014 (Brasil).