Enviados especiais a Doha, no Catar - Mineiro de Congonhas do Norte, revelado pelo Atlético e com passagem pelo Cruzeiro. Francisco Vieira da Silva, 67 anos, o Chiquito, faz parte da lista de jogadores que vestiram a camisa dos dois rivais de Minas e está no Catar para realizar um sonho de torcedor, que é acompanhar uma Copa do Mundo.
Na entrada do Grand Hamad Stadium na tarde desta segunda-feira (21), local de treinamento da Seleção Brasileira em Doha, ele vestia uma camisa amarela, carregava a bandeira do Brasil e tinha ainda um cartão Galo na Veia Imortal, que é dado pelo Atlético aos ex-jogadores do clube.
“Eu tive a sorte de fazer parte de uma geração espetacular, com grandes craques. Isso é algo que não se apaga”, afirma Chiquito.
No período em que estava na entrada do local chegou Junior, ex-jogador do Flamengo e atualmente comentarista da Rede Globo. Os dois trocaram algumas palavras, fizeram uma foto, mas não conseguiram recordar de algum provável duelo que devem ter feito, pois eram laterais de lados opostos.
Lateral-direito, Chiquito iniciou a trajetória no Galo em 1974, como integrante de uma geração que contava com nomes como Reinaldo, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro, Marcelo e João Leite. Depois de três anos, se transformou num “cigano” e uma dessas várias transferências foi para o Cruzeiro, em 1982, ano da saída de Nelinho para jogar justamente no Atlético.
Ele ficou apenas uma temporada na Toca da Raposa, numa época em que o clube passava por grave crise financeira e técnica. Mas foi o suficiente para construir história com a camisa dos dois grandes clubes de Minas.
“Eu aposto muito no hexa. O Brasil tem um time veloz e de qualidade. Chegou a hora de a gente encerrar esse jejum”, apostou Chiquito, que depois de ver o movimento da chegada de jornalistas e convidados ao treino da Seleção deixou o Grand Hamad Stadium para seguir curtindo a Copa do Catar como torcedor.