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Sindicato aponta repasse inadequado da PBH, e ônibus amarelinhos podem parar de rodar nesta quinta-feira (31)

Só neste mês, segundo o Sindicato dos Permissionários Autônomos, a queda no repasse foi de mais de 55%

Reunião ocorreu nessa quarta-feira

A ameaça de paralisação dos amarelinhas preocupa os passageiros que, além de enfrentar a falta de qualidade, preços incompatíveis e horários irregulares, podem ter o serviço prejudicado. Nesta quinta-feira (31), os donos dos ônibus estão ameaçando parar por falta de dinheiro para colocar combustível nos veículos.

Imagina para quem depende do ônibus para buscar o ganha-pão? Esse é o caso da diarista Luciana Simão: “complica tudo. Para mim, por exemplo, que dependo do ônibus, fico sem ganhar”. Ela ainda reclamou da limpeza dos veículos. “Muito sujo, caro, todo mundo em pé, superlotado”, disse.

Os suplementares atendem vilas e favelas da capital e vão a regiões onde veículos grandes não passam, como ruas estreitas e becos. Nas últimas semanas, os donos dos amarelinhos estão pedindo socorro para não interromper o serviço. O problema se agravou depois que a prefeitura mudou a forma de calcular o repasse de verbas.

O impasse foi assunto de uma reunião na Câmara Municipal nessa quarta-feira (30). Somente neste mês, segundo o presidente do Sindicato dos Permissionários Autônomos, Júlio César Guimarães, a queda no repasse foi de mais de 55% e, hoje, pode começar a faltar dinheiro para abastecer os veículos.

Com isso, muitos podem até ficar na garagem. “Infelizmente, está ficando inviável operar porque foi decotado 4.452 viagens. Como foi provado aqui nessa audiência, as viagens foram realizadas. O André Dantas está alegando que fizemos um percurso maior do que o determinado”, disse.

“Não existe isso. São 29 quilômetro de itinerário. Por que eu faria 31? A medição deles é que está incorreta. Esse pagamento foi na última sexta-feira (25) e ainda não influenciou fortemente na nossa operação. Agora, já pode haver falta de veículo na rua”, alertou o presidente do sindicato.

Em uma participação virtual na reunião da Câmara, o secretário de Mobilidade Urbana, André Dantas, admitiu que o sistema passa por um processo de reformulações e que o repasse é feito com base nos relatórios de GPS que chegam à prefeitura. Contudo, ele garante que os valores estão sendo revisados.

“Há questionamentos por parte do suplementar, assim como do convencional, que não aceitou determinadas definições com base nas evidências que nos foram apresentadas. Já oficiamos, nós já mandamos, já pedimos e esperamos todo o conjunto de novas evidências para revisarmos esse cálculo”, disse ele durante a reunião.

Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.