A Polícia Civil prendeu, na última terça-feira (25), um homem suspeito de arrombar e furtar a casa de um delegado no bairro Anchieta, em Belo Horizonte, em dezembro de 2022. Após descobrir que o dono da casa era policial, o ladrão devolveu os itens roubados e ainda
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão. O suspeito, de 26 anos, é apontado como o líder de uma organização criminosa especializada na prática de furtos e roubos contra residências de médio e alto padrão na capital. Segundo o delegado Emílio Oliveira, o detido também é suspeito de outros crimes.
“Ele é a pessoa responsável pelo monitoramento, pela organização da associação criminosa. Inclusive, chegou a ser preso em Esmeraldas, no último dia 15, pela prática de homicídio e ocultação de cadáver, mas foi solto dois dias depois em audiência de custódia”.
O grupo é suspeito de cometer, pelo menos, 11 furtos e roubos nos últimos cinco meses, com maior atuação nas regiões Venda Nova, Sul e Noroeste. O inquérito já identificou cinco pessoas que fariam parte do grupo, mas o delegado acredita que mais pessoas estariam envolvidas, incluindo receptadores, já que boa parte dos bens furtados são joias, relógios e materiais de valores.
Relembre o caso
O crime foi registrado no dia 10 de dezembro. Suspeitos arrombaram uma casa no bairro Anchieta, na região Centro-Sul da capital mineira, e levaram cinco relógios e 25 munições de calibre 380. Um pé de cabra foi deixado em cima da cama da vítima, que não estava na residência no momento do crime.
Policiais realizaram buscas pelos suspeitos em aglomerados da região, mas não localizaram nenhum dos suspeitos. Dois dias depois, os suspeitos voltaram à casa e deixaram uma caixa com todos os itens furtados e um bilhete que dizia: “Estou devolvendo tudo que foi levado, não quero problemas, por isso estou devolvendo. Se eu soubesse que era casa de polícia não teria entrado, me desculpa. Sou sujeito homem, por isso estou devolvendo”.
A investigação revelou que os mesmos suspeitos invadiram outra casa no dia 18 de fevereiro, desta vez no bairro Mangabeiras. Naquela ocasião, um idoso foi feito refém, sendo amarrado com fios de telefone e agredido fisicamente. Cerca de R$ 5 mil foram levados desta casa.
A vítima acionou os familiares por meio de uma pulseira médica, e os parentes chamaram a Polícia Militar. Os suspeitos, incluindo o que foi preso nesta semana, chegaram a ser presos e autuados, mas foram liberados.