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Policial suspeito de manter esposa e filho reféns tem prisão preventiva decretada

O policial civil é acusado de manter a esposa e o filho, de um anos, sob a mira de uma arma e bater na companheira

Crime aconteceu no bairro Gutierrez, na região Oeste

Na tarde desta quarta-feira (8), o policial civil acusado de manter refém a ex-companheira e filho de apenas um ano passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. O homem foi preso nesta terça-feira (7), após a própria vítima acionar a Polícia Militar (PM) via 190 e informar que o marido mantinha ela e o filho do casal em cárcere privado, sob a mira de uma arma de fogo.

“Na decisão a magistrada converteu a prisão dele de flagrante em preventiva, tendo em vista o risco que ele em liberdade oferece para a vida da ex-companheira. Esse senhor também ameaçou ela durante vários meses, contribuindo para agressão física e psicológica da sua ex-companheira e com seu filho também”, explica o advogado da vítima, Roberto Arnon.

Ele comemora, também, que a decisão tenha sido tomada no Dia Internacional da Mulher, de forma a apoiar e influenciar mais mulheres a tomarem coragem e denunciarem a violência doméstica.

“É uma decisão importante, em um dia importante. Essa decisão encoraja as mulheres a prestarem o seu depoimento na delegacia. Porque é ultrajante, humilhante, para uma mulher denunciar um cidadão que está a agredindo no âmbito da violência doméstica e, no outro dia, numa audiência de custódia, ver esse cidadão na rua”.

Relembre o caso

Um policial civil foi detido após manter o filho, de 1 ano, e a ex-companheira em cárcere privado em um prédio de classe alta no bairro Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte.

Ao todo, quatro viaturas do Tático Móvel da PM, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais (Core) e da 2ª Delegacia de Polícia Civil Sul foram acionadas ao local. Foi preciso chamar um chaveiro para abrir a porta. A criança, um menino de apenas 1 ano, não tinha ferimentos.

Informações da repórter Thais Frade