‘Me entregaram uma carta e disseram que iam tacar fogo’ diz motorista de ônibus incendiado em Ibirité

O motorista do ônibus incendiado em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (17), disse que os criminosos cumpriram ordens do “patrão”, que de dentro de um presídio teria ordenado o crime e os mandou que escrevessem uma carta com denúncias de maus-tratos.

Os bandidos atearam, por volta de 5h40, em um coletivo da linha 1750 (Águia Dourada/Estação Diamante). O ataque aconteceu quando o veículo estava no ponto final na rua Perimetral, próximo ao número 290, no bairro Vista Alegre.

“Eu estava no banheiro, faltavam uns três minutos para eu iniciar a viagem. Aí chegaram dois jovens, devem ter uns 25 anos, e me chamaram num canto dizendo que o pneu do ônibus estava furado. Estranhei a situação porque conferi tudo na garagem e não tinha nada furado”, disse o motorista, que preferiu não se identificar.

Foi então que os bandidos o entregaram a carta. “Eles disseram que iam tacar fogo no ônibus”, contou.

“Um deles estava com uma arma na cintura e o outro com galão de gasolina. Eles entraram no ônibus e botaram fogo. Perguntei para eles o porquê disso tudo, e disseram que foi porque o patrão deles, que está preso e maltratado mandou”, acrescentou.

A PM, no entanto, ainda não informou sobre qual presídio os incendiários escreveram. O óleo diesel do ônibus escorreu pela rua ao lado e incendiou uma Fiat Toro que estava estacionada. O morador, que não quis gravar entrevista, disse que o veículo tem seguro.