Ouvindo...

MP investiga fraude para tirar e renovar carteira de motorista na Grande BH

Grupo criminoso tem participação de proprietários e funcionários de autoescolas, além de agenciadores do Detran

Grupo criminoso tem participação de proprietários e funcionários de autoescolas, além de agenciadores do Detran

Um grupo criminoso formado por agenciadores de exames, proprietários e funcionários de autoescolas e agentes públicos, é investigado pelo Ministério Público de Minas (MPMG) suspeito de fraudes em todas as fases do processo de obtenção e renovação de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A pedido do MPMG, foram expedidos pelo Juízo da Vara de Inquéritos de BH 31 mandados de busca e apreensão.

Leia mais:

Ônibus em BH vão aceitar pagamento por QR Code

Táxis em BH podem rodar com bandeira 2 por todo o mês de dezembro

A operação, deflagrada na manhã desta quinta-feira (1°), cumpriu mandados em Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Betim, Ibirité, Lagoa Santa, Divinópolis, Nova Lima e Itaobim. Foram identificadas, conforme o MP, fraudes nas provas de legislação, em exames de direção veicular, em recursos a penalidades de trânsito, para renovação de CNH e em exames médicos para a habilitação ou renovação da CNH.

Cada fraude custava em torno de R$8 a R$10 mil, no caso de falsificação completa de uma CNH. Fraudes avulsas, conforme apurado, custavam em torno de R$ 3 mil.

Foram identificados, pelo menos, 40 acidentes de trânsito envolvendo beneficiários do esquema criminoso, sendo que em um desses acidentes uma mulher, passageira de um ônibus do transporte coletivo, teve a perna amputada.

Operação contra fraudes

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Belo Horizonte, e da 11ª Promotoria de Justiça da capital, deflagrou na manhã desta quinta-feira (1°) a operação denominada Fraus Omnia.

A operação é realizada em conjunto com a Corregedoria Geral da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais e com a Polícia Militar de Minas Gerais (Batalhão Rotam, Batalhão de Choque, Companhia de Policiamento com Cães, Batalhão de Trânsito, Batalhão de Polícia Militar Rodoviária e Diretoria de Inteligência da PMMG).

O nome da operação é uma referência à expressão latina “fraus omnia corrumpit” (a fraude tudo corrompe), em alusão aos danos sociais causados pelas fraudes investigadas.

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022