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Professor da UFV é suspeito de crimes sexuais, abuso de poder, assédio e estupro contra 11 estudantes

A Universidade Federal de Viçosa esclareceu, publicamente, que processo administrativo disciplinar que apura as denúncias está em andamento. O caso segue em segredo de justiça

A Universidade Federal de Viçosa esclareceu publicamente que processo administrativo disciplinar que apura as denúncias está em andamento

Um professor de 43 anos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata mineira, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) que apura denúncias de 11 alunas e ex-alunas que relatam crimes sexuais, abuso de poder, violências física e moral, assédio sexual e estupro. O caso, de 2019, veio à tona nesta semana após reportagem da revista Veja. Por meio de nota pública, a UFV se pronunciou e afirmou “que o processo administrativo disciplinar que apura as denúncias contra o professor está em andamento no âmbito da Unidade Seccional de Correição da UFV, encontrando-se protegido pelo sigilo legal.”

Segundo a reportagem, o homem é professor do curso de Letras. A UFV esclareceu, ainda por meio de nota, que as informações apresentadas pela revista não foram transmitidas pela Universidade, “que apura o caso com o máximo rigor e seriedade.”

“A comissão responsável finalizou a fase de instrução processual e, em breve, após análise das provas que foram reunidas e dos argumentos da defesa, indicará se haverá ou não o indiciamento.”

Em outubro de 2019, a UFV informou que encaminhou a denúncia ao Ministério Público Federal e que jamais será omissa diante dos fatos e da necessidade da apuração.

“A UFV jamais se omitirá diante da necessidade de apuração e investigação de quaisquer fatos que, nas dependências dos campi universitários, atentem contra os princípios que regem a gestão pública. Dessa forma, não nos desviaremos das condutas inerentes à boa governança, dentre as quais é necessário destacar o absoluto respeito aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, pois sem o devido processo legal não pode existir democracia.”

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022
Désia Souza é jornalista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde também cursou pós graduação em “Mídia e Cidadania” e mestrado em “Comunicação e Poder”. É coordenadora de jornalismo na Itatiaia Juiz de fora, onde também atua como âncora e repórter.