Policiais militares atiraram contra carro com uma mulher, 53 de anos, e duas crianças, de 6 e 11 anos, na quinta-feira (23), na zona rural de Cachoeira de Minas, no Sul de Minas, durante as buscas pelos criminosos envolvidos no ataque a uma agência bancária e um batalhão em Itajubá.
A vítima contou aos policiais que estava dirigindo um Jeep Renegade, cor branca, pelo bairro Cachoeirinha, sentindo BR-459, quando foi surpreendida pelo disparo de arma de fogo.
A bala atingiu a janela do lado do motorista e os estilhaços feririam a motorista no ouvido. A motorista ainda disse que não havia nenhuma viatura no local e nem sinalização.
Já na versão da polícia, de acordo com o boletim de ocorrência, um tenente da corporação disse que durante bloqueio realizado nas proximidades da rodovia em busca dos criminosos, aproximou-se de um veículo com os vidros escuros.
Nessa ocasião, segundo o militar, os policiais abordaram todos os veículos que passavam pelo local e o Jeep “se aproximou em velocidade maior em relação aos veículos anteriores.”
Na versão da polícia, “mesmo com determinação de parada realizada através de gestos de braços e sinal luminoso com lanterna, o veículo não parou’’ .
Os militares justificaram que o veículo se assemelha aos que foram utilizados pelos criminosos.
A motorista precisou ser levada para o hospital. Lá, foi medicada e liberada.
A major Layla Brunnela afirmou que há duas versões diferentes dos fatos e, por isso, elas precisam ser apuradas. “Aqui é uma região fria. O fato aconteceu por volta das 6h da manhã e isso impacta muito na questão da neblina. Ainda era noite quando os militares faziam essa abordagem”, disse.
Ela pontua que os militares confirmam terem dado ordem de parada e ela afirma não ter visualizado a viatura e não ter percebido a ordem. “Por isso, ela passa direto. Mas é sim alvo de apuração por parte do comando da unidade para verificar a postura dos militares e, também, a versão dessa senhora”, completou.