O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou com uma ação para que o
Mesmo condenado pelo Tribunal do Júri em abril deste ano, Ianhez foi
Na ação, o MPMG pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) que casse a liminar do STJ, sob argumento de que o fato de o médico não ter sido preso após duas décadas do crime e com uma condenadação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais é uma afronta à memória da vítima e a dignidade de seus familiares e “coloca em dúvida a credibilidade do Sistema Nacional de Transplantes”.
Em uma primeira manifestação, o presidente do STF, Luiz Fux, negou a alegação do MP e disse que a soltura de Ianhez não traz grave risco à ordem pública.
Caso Pavesi
O caso aconteceu em Poços de Caldas, no Sul de Minas, em 2000. À época, Paulo estava em um brinquedo e caiu de um a altura de 10 metros. Levado ao hospital, ele teve o exame que indicou a morte encefálica forjado para que tivesse os órgãos removidos. Segundo a denúncia feita à época, o menino ainda estava vivo quando os órgãos foram retirados.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado (TJMG), Álvaro Ianhez, após contato de outro acusado, José Luiz Gomes da Silva,
Durante as 24 horas em que ficou no hospital até a declaração da morte cerebral, o menino recebeu medicamentos diversos, foi submetido a longa anestesia geral e recebeu doses excessivas de Dormonid, um forte sedativo.
A denúncia aponta ainda que o garoto não recebeu atendimento por toda a noite do dia 20 e manhã do dia 21 de abril de 2000, quando apresentou grave hipotensão sistólica. Os médicos acusados sabiam que ele era um potencial doador de órgãos, e trataram do assunto antes da morte ser confirmada.