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PF prende terroristas ligados ao Hezbollah que planejavam ataques no Brasil

Minas, onde sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos, estava no radar dos suspeitos; planejamento se intensificou após o início da guerra

Investigação contou com apoio de EUA e Israel

Investigação contou com apoio de EUA e Israel

Arquivo/Polícia Federal

A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (8), duas pessoas que estariam supostamente ligadas ao grupo terrorista Hezbollah no Brasil. Os agentes investigam a existência de uma rede ligada ao grupo extremista que planejaria ataques contra a comunidade judaica em solo brasileiro. Minas Gerais estaria no radar dos terroristas.

Até o momento, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Minas, três no Distrito Federal e mais um em São Paulo. Além disso, duas prisões temporárias foram efetivadas em SP. Um desses presos foi detido logo ao desembarcar de um avião que chegava do Líbano, país onde o Hezbollah se concentra. A Polícia Federal acredita que ele veio para o Brasil para repassar informações para um comparsa, com quem organizaria ataques. O comparsa também foi preso.

A operação, segundo fontes ouvidas pela BBC News Brasil, contou com o apoio de órgãos policiais e de inteligência dos Estados Unidos e de Israel. O suposto plano de ataque a alvos judaicos no Brasil vinha sendo trabalhado há algum tempo, mas as tratativas para que ele fosse executado se intensificaram após o início do conflito entre o Hamas e Israel, no início de outubro, informaram fontes familiarizadas com o assunto.Os supostos terroristas já teriam selecionado seus alvos, incluindo sinagogas e prédios ligados à comunidade judaica no Brasil. Um deles seria a Embaixada de Israel, em Brasília.

Ataques no Brasil

Segundo as investigações, os brasileiros preparavam atos de terrorismo no Brasil com focos em ataques a prédios da comunidade judaica.

A operação da PF foi batizada de “Trapiche”. Com os materiais arrecadados em Minas e no DF, os investigadores tentam obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas.

Pela legislação, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, podem chegar a 15 anos e 6 meses de prisão.

Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.

Balanço da Operação Trapiche:
  • Minas Gerais: 7 mandados de busca e apreensão cumpridos

  • Distrito Federal: 3 mandados de busca e apreensão cumpridos

  • São Paulo: 1 mandado de busca e apreensão e 2 mandados de prisão temporária cumpridos

* com informações da CNN

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