Faustão, miliciano morto pela polícia, era investigado por 20 assassinatos no Rio de Janeiro

A morte de Matheus da Silva Rezende, de 24 anos, conhecido como ‘Faustão’. provocou uma represália que culminou em quase 30 ônibus da linha BRT incendiados na tarde desta segunda-feira (23) na zona oeste do Rio de Janeiro. O jovem morreu em uma troca de tiros com policiais na comunidade Três Pontes, no bairro Santa Cruz.

O jovem é sobrinho do miliciano Zinho, considerado o líder da maior milícia do estado. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou seis pessoas, incluindo Zinho e Faustão, pela morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães, conhecido como ‘Jerominho’, criador da antiga Liga da Justiça, uma milícia que atuava na mesma região. O crime aconteceu em agosto de 2022.

De acordo com investigações da Polícia Civil, ele vinha, há pelo menos três meses, estreitando os contatos entre a milícia e a maior facção de traficantes do estado, o Comando Vermelho (CV).

Segundo a reportagem publicada pelo g1, Faustão é investigado por cerca de 20 mortes desses criminosos. Ele ainda foi denunciado por planejar a morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho.

Prejuízo

Cada modelo convencional dos ônibus que circulam no município custa, aproximadamente, R$ 850 mil. Já os modelos novos do BRT, podem passar de R$ 2,4 milhões por unidade. Com isso, o prejuízo para o município já passa de R$ 35 milhões.

Terrorismo

Nessa segunda-feira (23), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que 12 pessoas foram presas sob suspeitas de participação em ataques a ônibus. Eles suspeitos responderão pelo crime de terrorismo.

"É importante dizer que prendemos 12 criminosos ateando fogo em ônibus. Esses criminosos já estão presos por ações terroristas. E, como terroristas, serão direcionados diretamente para presídios federais. Porque lá é local de terrorista”, afirmou.