Os deputados federais Erika Hilton (PSOL-SP), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Luciene Cavalcante (PSOL-SP) pediram para que o Ministério Público Federal (MPF) investigue a igreja evangélica Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, por promover terapias de conversão sexual, também conhecidas como “cura gay”.
No documento enviado ao MPF, os deputados alegam que a congregação religiosa é responsável pelo retiro “Maanaim”, que oferece terapias para “converter” jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade.
O local teria sido frequentado pela influenciadora bolsonarista Karol Eller,
“Os tratamentos de ‘cura gay’ são verdadeiras práticas de tortura e agressão a toda população LGTBQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração”, escreveram os deputados.
Hilton, Vieira e Cavalcante ainda afirmam que a prática é proibida pelo Conselho Federal de Psicologiae pedem para que a igreja responda pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio.
A conduta criminosa de tratamento de cura gay deve ser imediatamente coibida, assim como investigadas as vítimas já submetidas a tamanha violência, para que vidas sejam preservadas
O documento ainda afirma que o retiro “Maanaim” acontece em outras cidades brasileiras. Os deputados pedem para que o MPF investigue todos os envolvidos, entre entidades, profissionais, grupos e empresas, envolvidos na atividade pelo país.
Morte de Karol Eller
A ativista política Karol Eller morreu na quinta-feira (12), aos 36 anos, após tirar a própria vida em São Paulo. Por volta das 22h, ela publicou uma possível “carta de despedida” em seu perfil no Instagram, onde dava a entender que tiraria a própria vida. No texto, ela deixa o endereço da casa dela e diz “me perdoem por causar toda essa dor aos que me amam. Se cuidem por aqui.”