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Mortes de médicos: Policiais de SP vão ao RJ ajudar na investigação

Dois delegados e oito investigadores viajam nesta quinta (5) para investigar a execução dos médicos na Barra da Tijuca

Três médicos foram mortos a tiros na madrugada desta quinta

Dois delegados e oito investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo vão ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira (5) para ajudar na investigação sobre a morte de três médicos baleados na orla da praia, na Barra da Tijuca, na capital fluminense. Um quarto médico também foi baleado e está internado.

Os policiais estão divididos em duas equipes formadas por um delegado e quatro investigadores. Um grupo viaja de helicóptero do Aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo, até o Rio. O outro vai para a capital fluminense de carro.

Além disso, policiais na capital paulista vão falar com familiares das vítimas. Isso porque os três médicos mortos moravam no Estado de São Paulo, assim como o ferido. As vítimas eram ligadas à Universidade de São Paulo (USP), que lamentou as mortes dos profissionais.

Governador

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, usou as redes sociais para lamentar as mortes dos médicos. “Estamos consternados com a notícia do assassinato dos três médicos que atuam em São Paulo, ocorrida nesta madrugada no Rio de Janeiro. Conversei com o governador Claudio Castro [do Rio de Janeiro] para colocar o Governo de São Paulo à disposição, e uma equipe do DHPP já está a caminho do RJ para apoiar”.

Ele também prestou solidariedade à deputada Sâmia Bomfim (Psol), irmã de uma das vítimas, e a todos os familiares e amigos das vítimas.

O crime

A principal linha de investigação é de que se trata de crime de execução, já que nenhum pertence dos médicos foi levado pelos criminosos. Imagens de câmeras do local mostram toda a ação criminosa.

Os médicos ortopedistas de São Paulo estavam sentados num quiosque da Praia da Barra, em frente ao Hotel Windsor, onde estavam hospedados, quando homens armados de preto saíram de um carro e dispararam dezenas de tiros contra as vítimas.

Eles estavam no Rio de Janeiro para um congresso internacional de ortopedia que começaria hoje. A PM foi acionada, fez buscas, mas os criminosos fugiram. A Delegacia de Homicídios já realizou perícia.

Quem são as vítimas

Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, que era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, morreu na hora. Ele faria 63 anos semanas que vem.

Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos, também morreu na hora. Ele era especialista em ortopedia no Hospital das Clínicas da USP e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Diego Ralf Bomfim, 35 anos, chegou a ser encaminhado ao hospital municipal Lourenço Jorge, na barra, mas não resistiu e também morreu. Ele trabalhava na casa de saúde santa Marcelina em São Paulo.

O quarto médico, Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, também foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge onde passa por uma cirurgia após levar pelo menos três tiros.

Jornalista há 15 anos, com experiência em impresso, online, rádio, TV e assessoria de comunicação. É repórter da Itatiaia em São Paulo.