A Polícia Civil prendeu três homens, de 26, 27 e 29 anos, suspeitos de integrar uma quadrilha de motoristas de carros por aplicativos acusada de sequestrar, roubar e estuprar e roubar passageiras em São Paulo. As informações foram divulgadas pela corporação nessa terça (14).
Na última segunda-feira (13) a corporação liberou uma mulher, de 46, que foi mantida refém após embarcar por uma corrida de app no Jardins, na zona oeste da capital paulista. A vítima seria levada para Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, para ser mantida em cativeiro.
Houve troca de tiros entre os criminosos e os policiais, mas nenhum deles se feriu. O quarto criminoso fugiu.
Os criminosos já eram investigados por cometerem crimes contra, pelo menos, outras seis passageiras neste ano. De acordo com a polícia, todas foram sequestradas e roubadas. Algumas delas estupradas e assediadas.
“Algumas vítimas relataram que os criminosos ficaram as chamando de ‘gostosinha’, ‘maravilhosa’, começaram a passar as mãos nas coxas, nas partes íntimas, nos seios”, disse o delegado Ronald Quene Justiniano à reportagem do Estadão.
Segundo a reportagem do g1, para cometer os crimes, a quadrilha agiu da seguinte forma: os criminosos se cadastraram como motoristas de carros por aplicativos de celular. Quando uma mulher sozinha solicitava uma corrida, o motorista ia até o local.
Durante o trajeto, o motorista fingia uma pane no carro e parava o veículo. Nesse momento, outro carro parava e os bandidos anuniavam o assalto. O condutor fingia ser vítima também.
A mulher abordada era ameaçada se não transferisse dinheiro. A vítima era levada para um cativeiro numa casa em Itaquaquecetuba. Lá, ela também podia ser abusada sexualmente. Os sequestros duravam de cinco a 12 horas.