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Ataque em Aracruz: autor vai ficar em centro para menores infratores

A pena máxima é de 3 anos, mas ele pode permanecer detido até completar 21 anos; os ataques deixaram ainda 13 pessoas feridas

Ataque ocorreu nessa sexta-feira

O jovem, que invadiu duas escolas e matou quatro pessoas em Aracruz, no Espírito Santo, vai permanecer em um centro para menores infratores no município de Cariacica, a 15 km da capital Vitória.

Ele tem 16 anos e vai responder por ato infracional comparado a homicídio doloso, quando há intenção de matar. A pena máxima é de 3 anos, mas ele pode permanecer detido até completar 21 anos.Os ataques deixaram ainda 13 pessoas feridas.

O atirador é filho de um policial militar e estava em casa quando foi apreendido. Em depoimento, ele disse à polícia que planejou a ação por pelo menos dois anos.

‘Alto terrível’

O pai do adolescente, em entrevista ao Estadão, afirmou que o filho fez “algo terrível” e que vai pedir desculpas às famílias das vítimas em “momento oportuno”. “Meu filho cometeu algo terrível, que nunca poderia ao menos imaginar”, comentou ele, que é tenente da Polícia Militar capixaba.

O governo confirmou que o jovem usou no ataque duas armas pertencentes ao pai, uma delas de propriedade da PM.

O oficial havia publicado nas redes sociais uma foto da capa do livro “Minha Luta”, em que Adolf Hitler expôs suas ideias antissemitas. A publicação gerou debates com pessoas associando o pai à ação do filho, já que o adolescente portava uma peça com emblemas nazistas. “Você quer saber de livro da biografia de Hitler. Livro péssimo. Li e odiei”, afirmou o policial. O policial não quis comentar como o filho teve acesso à sua arma e ao carro da família e pediu para que a dor dele fosse respeitada.

Morre quarta vítima

A professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Flávia Amboss Merçon, de 38 anos, foi sepultado nesse domingo (28).

O Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG publicou uma nota se solidarizando com vítimas do atentado e familiares do atentado que classificou como “neonazista”.

“Flávia conviveu conosco nos últimos 5 anos, período em que pudemos desfrutar de sua companhia franca, alegre, sagaz, atenciosa e dedicada. Acompanhamos de perto a produção de sua tese de doutorado em Antropologia, intitulada ‘Imprensados no tempo da crise: a gestão das afetações no desastre da Samarco (Vale e BHP Billiton) e a crise como contexto no território tradicionalmente ocupado na foz sul do rio Doce’”

(com informações de Estadão Conteúdo)

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