A Arena MRV deve ter gramado sintético a partir da próxima temporada. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (21), Bruno Muzzi, CEO do clube confirmou que é uma tendência a retirada da grama natural do novo estádio do Atlético ao fim de 2023.
A falta de luminosidade solar causada pela arquitetura da nova casa do Galo e a intenção de receber eventos musicais sem prejudicar a jogabilidade seriam as motivações para a troca. De acordo com o dirigente, a mudança ainda não é certa, mas deve acontecer.
“Vamos ver o comportamento do gramado. Temos o jogo, temos os shows. Vamos cobrir o gramado, vamos ver o comportamento. Eu acho que, muito provavelmente, vamos fazer a substituição para o gramado sintético (...). É uma tendência. Não tem nada definido, mas uma tendência nos levará a isso”, disse.
Se realmente houver a instalação do gramado sintético, poucas partidas serão disputadas com a grama natural implementada inicialmente na Arena MRV. Questionado se não seria melhor ter tomado a decisão ainda no período de obras, Muzzi explicou que a escolha foi tomada rapidamente e já estava prevista em contrato com a empresa responsável pela construção do estádio.
“Eu gostaria que as decisões fossem simples. Por que não tomou tal decisão assim? A gente toma decisão com aquilo que temos no momento. É o famoso engenheiro de obra pronta quando fala ‘por que não fez isso ou aquilo?’. A decisão da grama foi no momento que precisávamos decidir no cronograma de obras. Já estava no pacote da Racional (construtura). A gente precisa escutar todos os lados. Não posso escutar só o produtor ou só o jogador”, explicou.
O eventual gramado sintético na Arena MRV custaria cerca de R$ 10 milhões aos cofres alvinegros. O dirigente citou as diferenças entre os modelos utilizados ao redor do Brasil, nos estádios de Botafogo, Palmeiras e Athletico-PR.
“Eu sempre tive a convicção de que teríamos de fazer grama sintética. Naquele momento, a minha decisão era de que eu precisava de uma decisão rápida, dentro do que já estava no custo. Eu queria entender como a grama natural iria comportar. Uma grama sintética não vai custar menos de R$ 10 milhões hoje. A grama natural custou R$ 900 mil. Achei que era um risco que valeria a pena”, finalizou.