Na manhã desta quinta-feira (22), alguns clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, entre eles o Atlético, usaram os perfis oficiais nas redes para levantar um tema importante para uma nova divisão das receitas no Campeonato Brasileiro. Usando a hashtag #LigaForteFutebol, as cotas da Premier League (Liga Inglesa) foram citadas como principal exemplo para maior isonomia nesta distribuição.
“Na Premier League o clube de maior receita recebeu 153 milhões e o de menor 101 milhões. Diferença de 1,5x. Os fatos mostram que uma divisão mais equilibrada gera mais competitividade e mais receitas. Esse é o conceito em que acreditamos e o motivo pelo qual fazemos parte da #LigaForteFutebol”, escreveram Galo, Fluminense, Athletico-PR e outros.
A Liga, que atualmente possui 25 integrantes, tem como maiores lideranças o clube mineiro e o Internacional, de Porto Alegre, além de Fluminense e Fortaleza. Do outro lado, vem a Libra, grupo criado por Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo, e com 14 outros participantes.
Para a ‘Liga Forte Futebol’, o cenário ideal é que a divisão entre o clube que mais ganha e o que menos ganha seja de 3,5 vezes. Para que isso seja possível, de acordo com os estudos, a previsão é a seguinte: 45% da receita dividida de forma homogênea, 30% por performance esportiva e os outros 25% por engajamento de torcida.
Já Libra, que chega como uma espécie de oposição, a proporção teria que ser entre 4 e 5 vezes: nela, 40% da divisão seria feita de forma igualitária, 30% por posição e o restante (30%) por torcida. Com critérios mais específicos, ela propõe que, no quesito ‘engajamento’, sejam considerados o número de torcedores por clube, comercialização de ingressos e, por fim, audiência.
Apesar de ainda não terem entrado em acordo, os clubes devem seguir conversando para atingirem um denominador comum. Com tantas divergências, a expectativa é que as discussões ainda rendam bons capítulos.