No Eloos, CEO da Cemig SIM vê imposto de 72% como ‘obstáculo’ para o setor elétrico

Iuri Mendonça participa do terceiro painel “Energia, sustentabilidade e mobilidade”, do encerramento do segundo ciclo Itatiaia Eloos

Iuri Mendonça - CEO na Cemig SIM

O CEO da Cemig SIM, Iuri Mendonça, destacou, durante o Eloos Itatiaia, o papel de liderança da subsidiária no mercado de geração distribuída e comentou sobre as tendências para a matriz energética, com foco no desafio do armazenamento e na necessidade de melhorias regulatórias no setor.

Mendonça explicou o modelo de negócios da Cemig SIM, uma subsidiária integral do Grupo Cemig, focada em democratizar o acesso à energia solar.

“A Cemig SIM é uma empresa subsidiária integral do grupo Cemig Sim, onde que disponibiliza para o mercado, o uso de acesso da energia fotovoltaica com energia renovável, e com uma tarifa mais barata para que pudesse através da sua residência ou do seu comércio fazer a adesão ao serviço da Cemig Sim”, explicou.

O CEO também pontuou sobre os dois principais modelos de energia fotovoltaica:

  • Micro GD: voltado para investimentos individuais em rooftop (telhados), onde o cliente faz o investimento em placas e inversores.
  • Mini GD: associado às fazendas solares, modelo no qual a Cemig SIM se destaca: “A Cemig SIM hoje é líder do mercado de mini GD, com mais de 130 usinas espalhadas em Minas Gerais, onde ela, através dessas usinas, consegue fazer energia renovável e consegue ofertar para o mercado uma tarifa mais barata”.

Armazenamento e baterias

Com Minas Gerais alcançando a marca de 14 GW de geração solar, Mendonça afirmou que “o futuro chegou”. A próxima fronteira tecnológica e regulatória é o armazenamento.

“O que a gente vê como grande tendência que está sendo discutida em vários fóruns, é a questão de armazenamento. A parte de baterias é algo que vem tomando uma discussão muito importante no nosso cenário energético, até para uma questão de equilíbrio do ecossistema”, explicou.

O desafio, no entanto, é o custo e a regulação. “Hoje poucos sabem, mas a tributação e imposto na parte de bateria chega em 72%. O que é muito mais alto, e o que acaba gerando um obstáculo de investimento. Ter subsídio para o aspecto de criar uma harmonia maior no sistema e gerar um avanço tecnológico, ele é fundamental para que a gente possa impulsionar ainda mais as matrizes energéticas do nosso país”, afirmou.

MP 1304 e a evolução regulatória

O CEO vê a MP 1304 como uma oportunidade de avanço, destacando o tema do armazenamento como um ponto positivo a ser endereçado.

A medida estabelece limites para os recursos arrecadados para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e propõe a contratação de usinas hidrelétricas de até 50 MW. Além disso, a medida define condições para o acesso e comercialização do gás natural da União, buscando melhorar a eficiência e reduzir custos no setor.

“A grande expectativa nossa com a 1304 é que pudesse ter subsídios para parte de armazenamento. Todo o setor que passa por abertura, ele passa por uma certa maturidade, com relação às leis e às obrigações. Então, o que a gente vem é contribuindo de forma positiva para que a gente possa ter cada vez mais um avanço de energia limpa no nosso país”, concluiu ressaltando que, assim como o subsídio para o modo solar foi crucial para a transformação da matriz energética, o apoio ao armazenamento é essencial para a próxima fase do desenvolvimento.

Eloos Energia

O evento de encerramento do segundo ciclo Itatiaia Eloos é realizado nesta segunda-feira (24), na Arena MRV, no bairro Califórnia, região Noroeste de Belo Horizonte.

Painéis e palestras discutem temas do setor elétrico, das 12h às 16h.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, estará presente e dará abertura ao evento.

Os painéis contam com a participação de importantes nomes de empresas do setor. O primeiro terá como tema “Regulação e Futura dos Investimentos no Setor Elétrico"; o segundo abordará “Redes do Futuro: Inteligência Tecnológica na Transição Energética pós-COP 30"; e o terceiro discutirá “Energia, Sustentabilidade, Mobilidade”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, dará uma palestra sobre o tema “Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico - Precedentes Judiciais”.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde
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