A decisão de Abel Ferreira de cortar Endrick até do banco de reservas na derrota por 1 a 0 para o Fortaleza, nesta quarta-feira, repercutiu mal dentro e fora do Palmeiras. Dirigentes, torcedores e pessoas próximas ao atacante não gostaram da opção do treinador português.
Detalhe: Endrick viajou com o elenco para a capital cearense, treinou e concentrou com os companheiros, mas acabou excluído dos relacionados por opção de Abel.
A partir do veto a Endrick, surgiram várias perguntas, entre elas sobre a seleção sub-20: se o Abel não pretende usá-lo, por que o impediu de jogar a Copa do Mundo da categoria na Argentina? O português tem algo contra o futuro atacante do Real Madrid?
Na entrevista pós-jogo, Abel foi perguntado sobre a ausência de Endrick até do banco e se mostrou irritado, lembrando que já havia feito o mesmo com outros atletas do Palmeiras, como o volante Fabinho. A diferença é que nenhum dos demais foi comprado por 72 milhões de euros.
E tem mais: Endrick fora de campo impede o Palmeiras de faturar. É que o contrato com o Real Madrid prevê bônus de até 12,5 milhões de euros por gols marcados pelo Verdão. A cada cinco gols, o clube embolsa 2,5 milhões de euros ou quase R$ 13,5 milhões.
Dificilmente os dirigentes do Palmeiras aceitarão, mas há quem defenda a possibilidade de Endrick deixar o Palmeiras antes de julho de 2024, quando ele já terá 18 anos e poderá se mudar para o Real Madrid. O desejo no período seria de encontrar um time brasileiro que o contratasse por empréstimo e que apostasse nele.